Lembrança do gosto de rabo-de-galo
Cynar com Velho Barreiro no copo
Nas calçadas do rock, ensandecidos
Bombeirinhos em copos de plático brancos
tingidos pela groselha das seis da matina
Em um desses botecos da Liberdade
Xanas cheirosas nas estações de trem
escadões e cantos escuros da madruga
Damas da noite morenas coxudas no sobrado
de uma casa velha
Tudo tinha o gosto doce de maria-mole
Breaco na madrugada com camaradas
Nas casas da noite, de vovô
Rezando pro deuses dos chápeu de sapo
e mandando estoura peitos bombas ativas
E vinhos velhos vomitados em manchas
de camisetas brancas
Quero deflorar a meia noite, o útero da madrugada
Comer sua boceta arrombada
Chupetas e fodas quentes em fuscas
Sonhos molhados
esperma da polução
noturna
REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Homenagem ao meu xará, Celso Blues Boy
Essa ai é a quem abre a bolacha que rola na minha vitrola
Aumenta que isso ai é rock and roll!
(E pensar que era pra eu ter curtido um som dele no sesc, mês passado e perdi...)
Saudações, 5/1/1956 a 6/8/2012
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Não somos nada
na viagem - a vida pede passagem no monte da teta em Cabugi
somos como o jumento morto secando - couro e ossos - beira de estrada semiárida
Camas de rede no vento oceânico de Tibau
Comendo olhos de taiobas na beira do mangue, observando os caranguejos na lamaAndando quilômetros em trilhas de areia como nossos ancestrais
Comendo xique xique alucinógenos, sorvendo água da cabeça de frade,
beijando jararacas e cascavéis escondidas em macambiras
Vendo as pinturas rupestres feitas por índios extraterrestres
nas pedras dos montes há milênios atrás
Enquanto Batman o cavaleiro das trevas metralhava todos no cinema
Eu estava em parques de diversão no sertão de Caicó
O Sertão das políticas como dizia Lua Gonzaga
Do comício nas Rocas em que estava Jackson do Pandeiro com Manoel
Ouvia-se um candidato a vereança pedir votos a exclamar:
"Votem em mim que sou pobre
O Rico dorme numa cama de colchão de mola
enquanto eu sou pobre durmo numa cama de pau duro"
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Desenhista do bar e restaurante Salada Record