Brincas de roleta russa
treisoitão apontado pra tua cabeça
O tambor da pistola pode estar carregado
O tiro pode sair pela culatra e
Acertar o seu coração
Dizes que ele pulou da barca
Mas fostes tu que o jogaste em alto mar
Da desolação, ilusão e decepções
A vida não é um vestibular
Com seus testes idiotas e repetitivos
Cansaram a paciência e a boa fé
De um bom coração e alma boa de Setsuan
Extorquindo toda a essência
Sem compreender que
O Ser é mais do que Ter
Explorando utilitariamente a pessoa
Medindo-a por valore$
que não a
Bondade, amizade, amor, respeito,
justiça e solidariedade
Usando-o como meio para seus propósitos
Comparando-as com o seu pai que a
mimava
Trocas um verdadeiro
amor louco e companheiro
Não arrisca, não corre o risco,
não paga pra ver
Julgas o livro pela capa com
seus preconceitos
Dizes que o ama, mas não praticas
A prática é o critério para a verdade
A má-fé e o autoengano
com o próprio coração
As escapadas ensaboadas de quiabo liso
Quando ele a colocava no canto do ringue
Devolvia a faca no seu pescoço
Prensava você contra a parede
Esqueceste do sentido do grande amor sentido
Colocando tudo a perder por vaidade
Seu grande e impertinente orgulho
As máscaras do seu ego da alma
Escondendo sua bondade
Saiu arrastando a sua mala cheia
Nada mais havia pra ser dito
Foste mandada embora, adiou por
mais duzentos anos
Resta a distância,
a baixa autoestima,
o amor-próprio
feridas
e
mágoas
na
alma.