quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Leibniz e a liMônada


 

Choppenhauer


Um em um milhão


Na segunda-feira, eu e a Cléia fomos assitir o Flávio Venturini, o Milton e o Lô Borges no Ipiranga, embaixo de muita chuva fina, pois a determinação e resistência faz com que "os sonhos não envelheçam". Já fazia algum tempo que não os via, e deu para vir algumas lágrimas com as canções que trazem muito de poesia mineira. Tirando a produção, que atrasava todas as apresentações e ainda deixava o som "mal passado", o que gerava problema para os músicos, eles detonaram.
Ficou mal para esses amadores da produção incompetentes, que deixaram o som com microfonia, o som dava estalos, o Milton até improvisou uma jam para que eles pudessem não queimar tanto o filme dos cantores e músicos após terem queimado, e regularem o som. Só no final que conseguiram acertar, e já era tarde, e se podiam ouvir protestos espontâneos como "Fora, Kassab, vai tomar no..." Ele e o Serra estão obtendo retorno de seus cortes de verbas para enchentes, mandando polícia pra reprimir protestos de moradores em bairros alagados, apesar dos puxa-sacos da grande mídia não noticiarem.


Esta semana na terça, também assistimos em DVD um filme nacional bacana, intitulado "O contador de histórias". É baseado na história real do Roberto Carlos Ramos, uma menino morador de uma favela de Belo Horizonte na década de 1970. Ele é levado por sua mãe aos seis anos para a Febem, iludida com uma propaganda na televisão produzida pela ditadura militar. O mesmo foge diversas vezes, se torna menino de rua, e conhece uma Pedagoga, Marguerit, que é a primeira que o trata como pessoa.
Ele se torna contador de histórias e pedagogo por inspiração de uma pedagoga francesa, Margerit, interpretada pela Maria Medeiros, que acredita nele, que ele não estava perdido, e resolve investir no mesmo. É muito bonita a imaginação poética do menino, ele mesmo um contador de histórias, um narrador desde criança cheio de imaginação.
Quando olhei para a Cléia, vi que seus olhos marejavam de lágrimas, assim como os meus. O filme funciona, por sua simplicidade e mostra como se faz poesia mesmo a partir de uma realidade triste demais. É assim que se sente, um em um milhão escapam.
 

E por falar em contador de histórias, em breve dois poemas meus (Laranja Madura e Cabra macho, postagens presentes neste blog) foram selecionados para serem publicados em uma coletânea de inéditos, intitulada "Ecos da alma". O lançamento será em Fevereiro, na Biblioteca Alceu Amoroso Lima, na Avenida Henrique Schauman, em Pinheiros. Mais detalhes sobre data e horário aqui mesmo.
Em Aparecida-SP, dia 21/01/2010.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Cosmopolitismo e Paz perpétua?


O Clark postou no seu blog sobre o cadáver do Estado nação de Hegel. No entanto, o que vejo para a nova (dês)ordem mundial é a retomada de outro dos princípios Iluninistas, este tirado do onanista chinês de Konnïnsberg, Immanuel Kant. Em sua paz perpétua, ele já imaginava uma ONU, ou mesmo este modelo de mercado mundial, um estado supranacional, sem fronteiras, interligando povos.
A última vez que vi este estado mundial supranacional ir à falência quando o Estado de direito foi pisoteado pelos EUA, que desobedeceram sua orientação por não invadir o Iraque em 2003, utilizando-se do expediente de armas atômicas e nucleares nunca encontradas, uma justificativa para a rapina e sede de sangue negro. Agora estamos assistino aquela tragédia no Haiti, que tem o mesmo organismo corporificado do cosmopolitismo kantiano, impotente, conseguindo milhões para sua recontrução, quando se necessita bilhões. Se fosse para salvar o sistema financeiro dos EUA, empresas privadas, bancos, rapidamente seriam levantados. Mas não... tratam-se de pessoas, negros, pobres, de um país miserável.
Longe de saudosismos por cadáveres ou fúnebre, o estado moderno e burguês de Hobbes e Locke tem mais é que fenecer, só que isto não ocorre do dia pra noite, é uma instituição duradoura, secular. No entanto, é isto que o mercado e o liberalismo promovem. E nada de inclusão e aumento da igualdade social. O Estado nação hegeliano morre (em termos), pois existe para reprimir os pobres com sua polícia e exércitos. Ainda o deus do mercado capitalista continua mais vivo do que nunca, renasce como uma fênix das cinzas da última grande crise do sistema capitalista em 2008, o big crash. Apesar de tudo, segue firme e forte. Com a benção do cosmopolitismo kantiano da ONU, que nada pode fazer, a não ser dizer amém para os interesses do mercado e da maior potência.

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