sábado, 30 de maio de 2009

O Admirável mundo novo de São Paulo em 2009



Desde que procuramos na época formular uma proposta do movimento dos sem-bar, triturada por uns frequentadores puxa-sacos do Serra no bar do Gera, sempre nos tripudiaram. E ajudaram a legitimar o processo, e consequentemente, com a entrada de Kassamba no lugar e sua eleição, foi sepultado e enterrado o melhor bar que tocava rock de prima em Sampa, ao menos o último que curtia frequentar, pois sabia que sempre vinha coisa boa da parte da música (desde uma fita cassete do Syd Barret, passando por Miles Davis, a tudo que você possa imaginar).

No inicio, este canalha procurou, sem fazer qualquer plebiscito, acabar com nossa alegria e um pouco de fuga da realidade, que nos mantém em pé.
Falo da famigerada lei do psiu que fecha bares e similares, que é um processo de resquicio do moralismo conservador do malufismo em sua face Pitta, proposto pelo Japa Jooji Hato (aliado do malufismo, que ganha sua base com este tipo de projeto de leis). Fizemos até um movimento dos sem-bar na época, que foi reativo aos confiscos de cadeiras e mesas do Gera, guerra mesmo, mas o pessoal não teve disposição de levar à frente. O máximo querolou foi uma abaixo-assinado virtual, mas que não decolou, o Gera foi bater com o Andrea Matarazzo, homem forte do tucanato na Sub prefeitura da Sé, mas não deu em nada, apesar de valer nossa luta (como sempre valeu toda luta).

Agora, soma-se ao fato de nosso "Big Brother" José Serra, mestre do partido-único no governo do estado-coração-do-capitalismo brasileiro há 26 anos do poder (perceba, desde o MDB eles estão no poder), começar a perseguir os fumantes e donos de bares, fazendo com que outros cidadãos façam o papel de polícia política e patrulha dos outros.

O pessoal, inclusive amigos, disseram que estava exagerando, mas acabaram, desde 2004 para cá (como a memória política é curta...) ajudanto este senhor fascista, autoritário, a pular do trampolim da prefeitura de São Paulo (fazendo sempre um caixa ou ajudanto seus sócios, nas empresas que terceirizava) à sua expectativa megalomaníaca de ser o Presidente da República.

O pior é que este cara compra livro pornográfico para crianças de 9 anos e diz que houve erro e não caem de pau, os jornalões e o PIG (Partido da Imprensa Golpista), expressão do Amorim, que aliás, vem sendo sabotado também em seu blog

http://www2.paulohenriqueamorim.com.br/?p=4014


Não adianta reclamar ou fazer cara feia, ou desprezar ou escrever ou falar mal da desilusão com a politimerdia: é preciso agir contra esta ascensão de um ditador ao caminho da presidência do Brasil. A luta está mais que aberta e clara: as aves de rapina do patrimônio brasileiro (Cadê o dinheiro das privatizações?!? Era para que mesmo? Quase fizeram a Petrobrás, da campanha da UNE e do Monteiro Lobato, "O Petróleo é nosso", virar "Petrobrax"... Sem contar o mar de pedágio que tem neste estado...) estão à solta, e para ganhar, estão ressucitando até o moralismo à lá TFP e as tele-telas do Big Brother. Ou seja, nem precisam vigiar o cumprimento da lei: tercerizam para o cidadão, que deve vigiar e punir o outro... Estranhos tempos... A luta contra estes pilantras está escancarada. Só quem ~quer cego não vê.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Raridades de prima: como hoje tudo ficou mais fácil (para obem de nossos bolsos, já que não temos que ficar duros pra ouvir um som que curtimos)


Capitães do além

Sempre gostei muito de apreciar um bom vinho. Como um bom vinho, também aprecio muito a música. "A música é a alma do universo", diria Platão. Dioníso é o deus da música, na Tragédia grega. Para aliviar a nossa tragédia da vida, dilacerada e fodida, só mesmo uma boa música, de preferência um bom rock, para animá-la.

Para minha pessoa, sempre foi bom curtir a sonoridade do Sabbath, Led Zeppelin, Purple, Uriah Heep. Todos os guitarristas, como Page, Clapton no Cream, Blind Faith e no Derek; Iommi, Blackmore e outros, que beberam das fontes do Mississipi, direto de Dixon, de Johnson e outros pais do Blues (e mães também, como aquele vinil duplo da Bessie Smith, Billie Holiday, caindo mais para o Jazz).

Também sempre fui muito curioso. Sempre quis ir além, procurar coisas que estes caras faziam antes ou depois destes grandes medalhões. antes eu buscava uns cds  raros "genéricos", mas de um ano pra cá, aprendi a baixar algumas coisas no tal do e-mule, o burrico, e achei um bocado de coisas (nem todas na integra, mas deu pra conhecer um monte de coisa, saciar a sede um pouco).


Capa do Star of India, demo do Seventh Star

Nem vou me alongar muito sobre os primeiros, aquele trecho que escutamos do Earth, o pré-Sabbath, uma música chamada "The Rebel". Se for para falar de Sabbath, eu curto até a versão com letras e nomes diferentes gravadas pelo Jeff Fenholt, uma demo do que viria a ser o Seventh Star, conhecido como "Star of India". Este vocal gravou o musical opera rock Jesus Christ superstar, era um cristão no Sabbath que depois partiu até para tocar Gospel. Este disco forneceria as bases para o Seventh Star, com o Glenn Hughes.


Dave Walker, nos 3 dias que durou entre Iommi e Butler

E isto foi assim desde o tempo de ficar procurando especiais no rádio e gravar o show da turnê do Born Again em uma fitinha véia de guerra. Hoje em dia, com estas maravilhas, posso curtir (e barato demais ainda, só a mídia) até uma versão de "Junior´s Eyes" cantada pelo Dave Walker (ex-Fleetwood Mac), após a saída do Ozzy, versões diferentes da War pigs, com letras diferentes (Walpuigs), até o Sabbath tocando "blue suede shoes". E dai por diante: bootlegs com o Ray Gillen, com Ian Gillan, Dio, ou qualquer outro como o Hughes e mesmo o Halford. A lista é imensa. É pena que tem gente que, com toda esta parnafenália toda, não saiba procurar e encontrar estas pérolas.

Se for para continuar no assunto, foi uma perda imensa para a comunidade Black Sabbath Letras, pois eu fiz um monte de resenhas e interepretações que os caras curiam por lá (Desde a associação do Sabbath bloody Sabbath ao neonazismo; o medievalismo presente em Mob Rules e assim por diante). Meu perfil foi excluido, e todos posts. Foi uma perda irrecuperável. Ao menos, sai daquela droga do orkut, ainda que expulso hehehe.

Podemos mesmo recorrer ainda ao Yardbirds ou Armaggendon, que teve integrantes do Led ou do primeiro mesmo, que dispensa qualquer comentário ou não ajuda em nada mesmo, como Keith Relf, que montaria o Renaissance. O The Firm também, com o Paul Rogers, o Cris Slade na batera, é show de bola, dispensa comentários os dois bolachões rodam direto aqui em casa, além de um cd genérico ao vivo, que eles tocam "You´ve lost that loving feeling", também tocada pelo Johnny Rivers.




Uma destas coisas que sempre me intrigaram muito, por exemplo, foi o trio do Trapeze do Glenn Hughes, do falecido Mel Galley e o Dave Holland, que iria parao Priest depois. Talvez mais conhecido no Purple, no entanto, o Trapeze me fez encomendar uma fita cassete daquelas lá na Galeria do Rock, na loja do Moby Dick. aqueles vocais a la gravadoras Motown e Stax, funky, soul, bluesy do Glenn sempre me fissuravam. Não é à toa que sempre curti Getting Tighter desde a primeira audição, mesmo contrariado por amigos, dizendo que não era a melhor do disco. Mas sempre foi, eu tinha certeza disto. Assim como a sonoridade imprimida pelo Tommy Bolin, que casou bem com a do Hughes. Do qual também curto a sua passagem pelo James Gang, no disco Bang e Miami.

Bom, coisas boas destes caras não faltam, mesmo depois que fizeram outras coisas. Do Purple mesmo, os "Capitães do Além", uma junção do Rod Evans, primeiro vocal, com os caras do Iron Butterfly, Lee Dorman e Rhyno. Os dois bolachões sempre rodam na minha casa sem falta. Lembro até hoje de gravar para o Geraldinho, camarada mais simpático do bar, por volta de 2002, 2003, uma fita que continha "Armwhort", que sempre rolava por lá no Bixiga. E o que falar da banda do Nick simper, primeiro Baixista, o Warhorse? O disco Red Sea? Dispensa todos comentários, é uma beleza.



O Rainbow é uma banda que dispensa comentários. Sempre curti desde o "Long Live Rock and roll", passando por uma fitinha do Rising, que é o melhor, tem Tarot Womam e Stargazer. Lembro-me de sair para várias noitadas com a primeira música e alguma mulher na cabeça. Sem contar a fitinha que alguns camaradas rolavam do On Stage, que muito me marcaram, principalmente vendo Dio cantar sua versão de "Mistreated", mais bluesy ainda que o Coverdale. "Catch the Rainbown", que sempre rolava no finado Chopp Halls", na Santo Antão, já descrita antes por minha pessoa em outro causo.



Pra falar do trampo do ELF, banda em que o Dio, o baixinho, era o vocal e tocava baixo. Elf sempre tocou no Gera também, uma música, "I´m coming back for you", que coloquei numa fita de 90 minutos de coletânea e lancei parao Gera lá para os idos de 2001. Além de "Nevermore", na qual ele já dava pistas do que faria no futuro. Ou até coisas mais antigas dele no REd Caps, The prophets The elves, Eletric Elves, por ai vai, de 1958, quando Dio cantava rock and roll básico.



Continuando na linhagem do Deep Purple, um som que só tenho uma música (baixei do burrico, e-mula, agora não consigo usar mais este troço) é o Episode Six, o Gillan e o Glover, uma guitarra bem seca, crua de efeitos, pesadona, repetindo um riff memorável em "I can see through you", de 1967. Além da "Love is All", "Homeward" e "Sitting on a dream", com a voz do Baixinho, Dio de Novo, no projeto do Roger Glover, o Butterfly Ball, com o John Lawton (Lucifer´s friend, Uriah depois). Tem também coisas finas, como Screaming Lords Sutch´s & The Savages (banda que contava com o Ritchie Blackmore em 1966) cantando "Jack the Ripper"; ou ainda "I´m so glad", numa versão do The maze, do Rod Evans e Ian Paice, antes do próprio gravá-la no disco "Shades of", de 1968.

Sempre curti tudo o que os caras do Uriah fizeram, antes mesmo do próprio e depois. O Toe Fat do Ken Hensley, que bandassa, que puta sentimento! E o Lucifer´s Friend aquela entrada que todos acusam de plágio de Immigrant Song em "Ride the sky?" Os discos solos do David Byron, não tem coisa igual de tão boa, até mesmo African Breeze, que tem uma levada dançante. Achei até uma versão do The stalkers e o Spice, antigas bandas pelas quais passaram.



Hawkwind e Geordie também são de primeira, boas bandas antes de Brian Johnsons AC/DC e do Lemmy do Motorhead, depois mais cru e pauleira. Hope you like it, disco muito fodido do primeiro! e Do re mi sol la ti do, o do segundo. Sem falar no Budgie, Jeronimo, Stalk Forest Group (antiga versão do Blue Oyster Cult) senão a lista vai longe.

Várias eu tive oportunidade de conhecer mais por meio do Marcão, um camarada que trampava no Cultural e sempre levava as fitinhas no Gera, no Bixiga, depois ele passou a levar cds também, do Baker Gurvitz army, 2066 and then , no disco "Reflections!": um som que lembra um hardão com progressivo, flautas a la Ian Anderson e outras coias que caem para este lado, que ele dizia que eu curtiria pra valer. E curti mesmo, valeu camarada!

Além do Buffalo, do Freedom, Jeronimo e outras heranças do Gera. Faço questão de ouvir tudinho com muita atenção, desde o início ao fim das fitas, várias vezes. E isto me faz sair da rotina, da correria do cotidiano. E também fazia com que encontrássemos alguma tranquilidade e camaradagem.

Escrevo isto lembrando dos amigos Manoel e do Marião, caras véio de guerra que curtiram nos idos dos 1960, fazia música, mostraram uma pá de coisa boa, de KC, de Jazz, Weather Report até o diabo a quatro. Foi uma perda fechar aquele bar tão rock, tão musical. Em que as idéias fluíam a milhão e podia-se conversar e conhecer pessoas de verdade, com música de verdade e uma boa cachaça de alambique.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Com fúria nos olhos



Não suporto ser enganado por medíocres
sindicaleiros pelegos, enroladores dos trabalhadores
Vamos com a fúria nos olhos, desmascarando os fanfarrões
Tem sindicalista pelego de gabinete
Que acha que manda em trabalhador
Vem apontando o dedo, dizendo o que nós temos que fazer
Para estes, basta um pontapé na bunda
Para colocá-los para correr
Também tem os burocratas imobilistas
Que fingem estar fazendo alguma coisa
Desses nós damos risada e também desmascaramos
Vamos para cima com a fúria nos olhos
Derrubar a pelegaiada e o patronato
Todos somos derrotados, todos vencidos os trabalhadores
mas tem alguns espertos que pensam sempre em se dar bem


" O mundo é cheio de reis e rainhas
que o cegam e roubam seus sonhos
É o Céu e o Inferno!"

http://www.youtube.com/watch?v=QHdifSExVdg

" Se você ouve aos tolos,
a multidão, reina!

http://www.youtube.com/watch?v=OkQLmvBBdLQ&feature=related

domingo, 24 de maio de 2009

Luto pelo cumpade meu, Zé Rodrix

 

Não sabia da morte do velho Zé Rodrix. Só soube agora à noite. Voltei de um longo e maçante congresso, onde as vaidades predominaram, a disputa por cargos e aparato e pouca política e um plano de ação e lutas em defesa dos trabalhadores.

Pude cumprimentá-lo me um de seus shows do Sá, Rodrix e Guarabyra, na volta que fizeram. Ele até assinou o meu disco, Quando será?, que escuto direto. Qualquer um lembra de uma viagem, de carona que fez na carroceria de caminhão lembra do Pó da Estrada, que brilha nos nosssos olhos.



O cara assinou um dos lps que tenho dele, é muto gente boa mesmo.
Ainda hoje, passando por um sebo, vi um livro seu, antes de saber da notícia de sua morte. Pareceu um sinal, muito estranho, por sinal...



Enfim, merece uma homenagem este camarada muito inteligente, de bom humor, que nos brindou com coisas como o Som imaginário (pude ver de graça também junto com o Tavito também um show desses flash back), a matança do porco, o próprio conjunto com Sá Rodrix e Guarabyra, sua carreira solo muito inteligente (Quando Será e Hora Extra, são demais, além de outros como Soy Latino Americano, todos, quem não sabe não precisa saber também)
Além de sua passagem pelo Joelho de Porco (també tocou na virada deste ano, banda antiga, que nos rendeu coisas muito críticas na época, nos anos 1980, mas que infelizmente continuam atuais, como o "Home do imposto de renda", do bolachão duplo "Saqueando a cidade" (incrivel como no país, não se consegue nenhuma tímida reforma tributária, não se atinge as grandes fotunas ou ir progressivo; o iptu progresivo já foi um escândalo: Kassamba já voltou atrás e cabou com isto em Sampa)



Longa vida ao rock and roll!
Hoje ainda é dia de rock!!

Sabazão em um sabadão em alto e bom som e moleques endiabrados


Ouvir o Sabbath no penúltimo Sábado, dia 16 de Maio me levou às últimas consequencias. Fazia muito tempo que os mestres não passavam por aqui.
Ver o Tony Iommi, senhor durão, com suas jaquetas de couro pesadas, desfilando seus solos, foi bão demais! Sem contar o baixo mais do que perceptível de Geezer, e o baixínho, um senhor de mais de 66 anos, Dio, que cada vez que vejo (e olha que foram umas 5 vezes, sem contar a que ouvi de fora), sua voz está melhor, parece um uísque, melhora cada vez mais que envelhece. Pena que o mesmo não se possa dizer do Gillan, seus agudos já não são mais os mesmos pra cantar os clássicos do Sabbath. Paciência, voz não é instrumento elétrico, que é só ligar e tocar... não é mesmo?
As músicas que escolheram me levaram ao delírio, bom ver ao vivo Falling of the Edge of the world, grande novidade para minha pessoa vê-la ao vivo, além de Die Young, outra que nunca tinha visto ao vivo, tão bem tocada. Só senti falta de tocarem mesmo Lonely is the world, Turn up the night, Slipping Away ou Lady Evil, por exemplo (até tiraram Voodoo, entre outras que tocam mais frequentemente, que existem nos álbuns ao vivo bem que poderiam tirar os solos longos de batera, se o problema é o tempo. Nem a Country Girl tocaram inteira...).
Valeu a espera, desde as portas do Olimpia. Era muito moleque, nem tenho noção, 17 anos atrás, com 15 anos... mas curtia muito de fé os caras a tal ponto de fazer aquelas coisas naquela época. Lembrou de muitas coisas. Uma delas de estar agarrando uma nega na frente do chopp, acha que até pegou baba de um camarada. Ela nem era uma gata, mas deve ter se sentido. Ele deu uma mordida na boca dela, zuou mesmo, e ela percebeu, mas levou na brincadeira. Lembrou de outras coisas mais do passado negro e sombrio, de tempos loucos. De dormir um bocado naquelas beiradinhas, mas acordar logo cedinho e sair andando, como se nada tivesse ocorrido, pronto para outra na manhã seguinte.

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