Sete horas da noite saio flutuando como um condor desesperado pelas esquinas enquanto passo pela a fonte dos desejos tropeiros de séculos Musas e mousikés a estátua de Carlos Gomes sob o magnífico Theatro Municipal andando nas ruas do centro cruzando o viaduto do Chá e Ladeira da Memória entro em fins da Libero Badaró e trombo com o vulto romântico e assombroso de Álvares de Azevedo na Faculdade de Direito trocando beijos eternos parnasianos com musas e pãs flautistas e Camões cego e caolho me espreita sob Mário de Andrade, a Música de Chopin, Goethe, e Cervantes quando passo pela Dom José Gaspar Dante me oberva passando de soslaio Queria ser uma tartaruga ou o espírito de uma carpa para flutuar em águas e dissolver-me completamente na Praça da República dos meus sonhos, flanando pela Ipiranga Rio Branco em meio a junks decadentes nóias casqueiros ratazanas e putas desalmadas rumo à Júlio Prestes musical.
REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Sete horas da noite saio flutuando como um condor desesperado pelas esquinas enquanto passo pela a fonte dos desejos tropeiros de séculos Musas e mousikés a estátua de Carlos Gomes sob o magnífico Theatro Municipal andando nas ruas do centro cruzando o viaduto do Chá e Ladeira da Memória entro em fins da Libero Badaró e trombo com o vulto romântico e assombroso de Álvares de Azevedo na Faculdade de Direito trocando beijos eternos parnasianos com musas e pãs flautistas e Camões cego e caolho me espreita sob Mário de Andrade, a Música de Chopin, Goethe, e Cervantes quando passo pela Dom José Gaspar Dante me oberva passando de soslaio Queria ser uma tartaruga ou o espírito de uma carpa para flutuar em águas e dissolver-me completamente na Praça da República dos meus sonhos, flanando pela Ipiranga Rio Branco em meio a junks decadentes nóias casqueiros ratazanas e putas desalmadas rumo à Júlio Prestes musical.
domingo, 2 de outubro de 2011
Andando pela Avenida Rio Branco passo em frente uma Igreja pentecostal na qual a missa é rezada em africano pelos nigerianos. A estátua opressiva de Duque de Caxias continua a oprimir os paraguaios e bolivianos que trabalham na tecelagem ou são camelôs muambeiros da Santa Ifigênia. Cheio de salas de peep show e strip antigos cinemas que se tornaram cines pornôs e igrejas pentecostais enquanto os coreanos conversam entre si e um camarada conta sobre um nóia que foi espancado na frente da delegacia por ficar gritando. Na Argentina as coisas não são assim disse o senhor. No largo General Osório vemos os traços da Estação Sorocabana onde antes ligava a rodoviária, o monumento ao ferroviário Alfredo Maia guardando os nóias e junkies com seu porrete, equanto os sacis pererês pipam crack no meio da rua em plena luz do dia e a qualquer hora como o grafite na parede da rua da estação. Encontro no chão um livro aberto da vida de Santo Agostinho, aberto no capítulo as Férias em Tagaste das suas luxúrias e vida pecaminosa no caminho ao Largo do Sagrado Coração de Jesus, que me diz "toma e lê "nos Campos Elísios. Entro na praça do Monumento a Dom José de Barros no largo do Sagrado coração e assisto um pedaço da missa entre diversos Cristos. Na volta o livro de Santo Agostinho não está mais lá. aberto no chão restou apenas a capa. As ruas fedem a mijo merdas fossilizadas cheias de moscas vômito e desinfetante misturado com as quentinhas dos casqueiros e suas casas improvisadas muito lixo rango camisinhas tudo misturado com trapos velhos criando uma imagem dantesca do inferno. Vou para o trecho da estação Sorocabana Júlio Prestes ouvir a música de JS Bach Brukner um órgão de catedral medieval incensado por perfume das musas. Volto pelo Largo General Osório e vejo uma inscrição em uma casa 15 de Novembro de 1890 e a Ponte da Santa Ifigênia, sua Paróquia neoromânica e a Mãe Preta de tetas grandes que nos alimentam a todos florida da Igreja do Paissandú.
Nove e pouco da noite. Tomo um drink no inferno acompanhado de uma pomba gira filha de Iansã. Ela expõe seus dotes sobre uma mesa de bilhar. Ela tem talento na lábia, e fala que quer trepar. Me despeço pois minha cabeça está mas na lua de queijo minas alvo como leite novo. Ela é a minha metade meu outro eu o andrógeno que éramos mutilado e disperso agora reencontrado através do desejo. Sinto até o seu odor e o perfume do seu sexo como no mito narrado por Aristófanes no Banquete à Eros platônico. Eu trombo andando balançando na rua com os nigerianos trançando suas gírias e rezando na sua língua em uma Igreja pentecostal africana os coreanos conversando e os bolivianos paraguaios da Rua Guaianases toda cheia do lixo de suas comilanças e orgias massacrados pelo Duque de Caxias gigante e imponente da Praça Princesa Isabel. O sinal está fechado para os casqueiros que se reúnem como bandos de ratos na Rua do Boticário acendendo seus cachimbos de improviso em canetas e outros tubos metálicos. A Praça Júlio Mesquita Filho tem uma Fonte Monumental marmórea com intervenções urbanas de pichações e descasos monumentais com os querubins endemoniados de Win Wenders. Vejo a estátua nuas de uma índia após o banho, com suas xavasca ao léu e peitos apontados para o céu Brecheretiano. Um Césareano Augusto imponente guarda nietzscheanamente o Largo do Arouche transvalorado de seus valores, seguido por um bezerro e a menina Enquanto Mercúrio descansa solenemente sobre o capim republicano e fico triste com as notícias da Mãe de santo Miriam e seus orixás que me deram sobre minha vida. Eu sou como as tartarugas ao sol dos laguinhos da República que ficam totalmente sem apensando bovinamente.
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