REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Mais cruzas do bicho homem com outros bichos
Trailer de O homem elefante
E por falar em cruzas ou transas esquisitas do bicho homem com outros bichos (ver 2 posts atrás), recomendo ai para vocês mais um filme sobre uma cruza muito estranha: " O homem elefante", de David Lynch, que conta com o Anthony Hopkins (o Hannibal Lecter do "Silêncio dos inocentes"), John Hurt como o próprio e Anne Bancroft.
É um filme da década de 1980, acho que já vi até na TV, no entanto descolei um mais recentemente com um compa professore, o Dedão.
O homem elefante nos mostra a história verídica de Joseph Merrick (1862-1890), filho de uma circense (ao menos, sabemos pela foto de sua mãe, que ele guarda consigo desde pequeno), que em certa ocasião, é "violentada" por um elefante (ao menos é isso que nos dá a entender as cenas... é violentada, estuprada por um elefante...).
Merrick é um homem com deformidades no corpo (com a Síndrome de Proteu), que vive com um capuz todo cheio de medos, é um homem-elefante que apanha demais por ser tratado como animal, a maior atração do circo, até ser encontrado pelo medico Dr. Fred Treves, que cuidou dele e narrou esta história do século XIX.
No entanto, da sua condição desumana, o mesmo começa tornar-se sensível, inclusive até cristão, por conta principalmente da sua velada paixão pela atriz , a Sra. Kendal, que inclusive dá "Romeo and Juliet" para o mesmo.
O filme talvez nos dê uma lição para irmos além dos preconceitos e estereótipos babacas criados pelos humanos, para irmos além das aparências com as pessoas. É muito atual, nesta sociedade do espetáculo em que vivemos, de Sarneys fazendo o simulacro do nepotismo visível até outros tipos de hipocrisia.
O resto, fica por conta de vocês verem e tirarem suas próprias conclusões.
Eu gostei desta citação que encontrei, e compartilho:
"O Homem-Elefante é um belo ensaio sobre o que nos define como seres humanos. Se diante do comentário de Sartre que o olhar dos outros nos coisifica, ficamos com a observação de Merleau Ponty que diz que é no nosso olhar para o outro que encontramos nossa humanidade."
terça-feira, 16 de junho de 2009
Uma homenagem ao poeta da Mangueira
O sol nascerá, por Cartola
Segue ai uma homenagem ao cabra que vejo com muita admiração como um dos maiores poetas da nossa Terra. Não sou nem um pouco bairrista, tudo o que é bom deve ser elogiado mesmo, seja daqui ou do Rio ou da ponte que partiu. Seja samba, seja erudito, rock, choro, blues, jazz ou qualquer outra arte. O Samba de raiz (e não estes pagodeiros vestidos de "terninho", cantando para menina de classe média, que canta como o Lundu sem sabê-lo) é o mesmo canto de lamento do Blues e do Jazz nos EUA.
Tá, daremos um crédito: Só coloco o que é bonito e curto de verdade mesmo, e não me preocupo com o que irão pensar sobre isto.
Este é o mestre Agenor de Oliveira, o Cartola, com a dona Zica. O Cara não tinha muita instrução, era pobre, mas não era isto que interessava em cartola, pois não há escola que ensine poesia a não ser a escola da vida, da boemia e a dor. Ele escrevia umas letras que eram de tirar "a Cartola" de qualquer Doutor em letras pela simplicidade, beleza e até filosofia (O mundo é um moinho).
Poemas sobre o amor, simples e singelo. Morreu como um trabalhador, pobre, lavador de carros que era no morro, como vinha falando da polítimerdia cultural deste país.
Vai ai um poema para aconmpanhamento com seus choros:
Peito Vazio
Cartola
Composição: Cartola e Elton Medeiros
Nada consigo fazer
Quando a saudade aperta
Foge-me a inspiração
Sinto a alma deserta
Um vazio se faz em meu peito
E de fato eu sinto
Em meu peito um vazio
Me faltando as tuas carícias
As noites são longas
E eu sinto mais frio.
Procuro afogar no álcool
A tua lembrança
Mas noto que é ridícula
A minha vingança
Vou seguir os conselhos
De amigos
E garanto que não beberei
Nunca mais
E com o tempo
Essa imensa saudade que sinto
Se esvai
Segue ai uma homenagem ao cabra que vejo com muita admiração como um dos maiores poetas da nossa Terra. Não sou nem um pouco bairrista, tudo o que é bom deve ser elogiado mesmo, seja daqui ou do Rio ou da ponte que partiu. Seja samba, seja erudito, rock, choro, blues, jazz ou qualquer outra arte. O Samba de raiz (e não estes pagodeiros vestidos de "terninho", cantando para menina de classe média, que canta como o Lundu sem sabê-lo) é o mesmo canto de lamento do Blues e do Jazz nos EUA.
Tá, daremos um crédito: Só coloco o que é bonito e curto de verdade mesmo, e não me preocupo com o que irão pensar sobre isto.
Este é o mestre Agenor de Oliveira, o Cartola, com a dona Zica. O Cara não tinha muita instrução, era pobre, mas não era isto que interessava em cartola, pois não há escola que ensine poesia a não ser a escola da vida, da boemia e a dor. Ele escrevia umas letras que eram de tirar "a Cartola" de qualquer Doutor em letras pela simplicidade, beleza e até filosofia (O mundo é um moinho).
Poemas sobre o amor, simples e singelo. Morreu como um trabalhador, pobre, lavador de carros que era no morro, como vinha falando da polítimerdia cultural deste país.
Vai ai um poema para aconmpanhamento com seus choros:
Peito Vazio
Cartola
Composição: Cartola e Elton Medeiros
Nada consigo fazer
Quando a saudade aperta
Foge-me a inspiração
Sinto a alma deserta
Um vazio se faz em meu peito
E de fato eu sinto
Em meu peito um vazio
Me faltando as tuas carícias
As noites são longas
E eu sinto mais frio.
Procuro afogar no álcool
A tua lembrança
Mas noto que é ridícula
A minha vingança
Vou seguir os conselhos
De amigos
E garanto que não beberei
Nunca mais
E com o tempo
Essa imensa saudade que sinto
Se esvai
segunda-feira, 15 de junho de 2009
A iniciação sexual dos matutos e dos caipiras
Como se sabe, a iniciação sexual do matuto (no caso do nordeste), do caipira aqui do Estato também, qualquer denominação que se dê para o cara da zona rural no país, se dá por meio da mulinha barranqueira. Já ouvi casos até de outros animais, porco, cabrito e por ai vai afora. O sujeito subia no barranco para ficar mais alto pra "possuir" a bichinha, dai o nome da mulinha, barranqueira. Essa espressão eu aprendi com um camarada, muito zueiro, o Marcelo, ainda na escola 5a série, sei lá, e cascava o bico.
Eu já ouvi a história de uns camaradas, da peonada que veio do nordeste, sobre uma cara que eles contavam, botou em uma cabrita, depois a bicha deu uma caganeira nele, só de vingança. Pareceu até castigo, revanche da bicha.
Eles também contaram uma história de uma cadelinha, em que o cara botou e acabou por matar a bichinha, pobrezinha. E o dono ficou puto, deu um pau no cara, por ter empalado sua cadelinha, coitadinha!
Mas a mais engraçada história foi a que soube de uns tempos atrás. Uns camaradas estavam no meio do mato, lá por umas terras do interior. Depois que passaram a procurar um deles, que já estava passado, trebado, e potanto se perdeu, foram encontrá-lo no meio de um pasto, currando uma eguinha pocotó. Depois que ele percebeu, ficou morto de vergonha. Essa foi a mais estranha que já vi mesmo.
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