sábado, 10 de outubro de 2009

Viagem de busão pra Brasília-DF

Foto de Caldas Novas-GO, da vez que fui quando moleque e quase me afoguei nesses lagos quentes. Tinha um tio que era vip em tudo, tinha carteira para entrar em todos lugares. Ô cabra enrolão hehehe

Cai de novo numa viagem de busão. E desta vez foi para Brasília, no Planalto Central, como diria o Ednardo, montado num Cavalo Ferro.
Eu descolei várias fotos antigas que em breve postarei aqui e em outros passados. Sem contar a vez que fui à Goiás, nas Cidades de Trindade, Goiânia, conhecer meus meio-primos. Na verdade, meio-irmão é a expressão usada como eufemismo para a pulada de cerca do meu véio vô Oswaldão, que não pude conhecer, infelizmente, pois o veio devia ser muito maneiro, tenho seu DNA, os seus genes, no meu sangue.
Eu já fui em Brasília muitas outras vezes, só que de bate e volta, principalmente em caravanas, marcha dos 100 mil, entre outras. Fiquei mais tempo em 2003 e 2008. Em dois mil e tres, Fiquei num lugar mais distante, perto da Paranoá, do Osvaldão Montenegro. Na segunda, no ano passado, em 2008, foi no congresso dos trabalhadores em educação. Ficamos naquele centro que é um deserto. Tava muito sem grana, pois já vim na pindaíba de busão cortando o sertão potiguar, paraibano e a chapada diamantina na Bahia, então nem deu para dar muitos pulos, só ficava no rango do congresso mesmo, e me divertia nas festas da parada mesmo.
Brasília é uma cidade deserta à noite, Perto dos hotéis rola a putaria, michês e travecos. Tem muitas crianças pedindo na rua, tudo para sustentar o enorme elefante branco que funciona só durante a semana. A própria Brasília já é uma bordel a céu aberto na própria concepção do termo. Tinha até um outdoor que dizia: "Promoção do dia da secretária: um jantar por 98 paus". Por 98 paus você janta sua secretária. Em Brasília, só tem secretária, de políticos, executivos, uai...
Pois bem, voltando à viagem, foi uma boa escolha, ainda que tenha gente que passe a perna e vá de avião. Porra, vou lendo meus livrinhos, escutando um sonzinho no dvd do onibus, a viagem é longa, mas o tempo que se ganha para estas coisas compensa. Vou só na fuleiragem com os velhos de guerra que nos acompanham, os cães vadios que sentam no fundão do ônibus e vão fazendo piadas adoidado. Enquanto que os espertos acham que passam a perna com o nosso dinheiro de professores, porque chegam mais rápido. Nós vamos ainda pegar esses abutres.
Chegando lá, parece que sou o único a procurar um pouco mais de diferença. Todos ficam ensimesmados em seus grupelhos, mas eu procuro diversão com pessoas do outros estados. Dessa vez com o pessoal do Alagoas, do Milton Girlene, muito gente boa, tomamos umas na frente do hotel no primeiro dia. No segundo, fomos um pouco mais longe, rumo à torre. Achamos uma pastelaria perto do shopping, tudo deserto, só lumpens perambulando, drogados e putas fazendo ponto nas esquinas.
No bar que achamos chegara umas minas altas que fiquei sacando, algumas mesas ao lado. Tinham umas pernas longas, lisas e macias que comi com o olhar e quase gozei na cueca. E bonitas. Que rosto bonito tinham aquelas meninas! Cabelos lisos, ondulados e castanhos, sorrisos, olhos castanhos, tomando uma cerva, três com dois caras, mas olhava mesmo assim a marca da calcinha delas nos shorts curtinhos quando levantaram e sairam.
Acabei trocando idéia com o Jacinto, um professor doidão motoqueiro dos Abutres, alagoano, que manjava de Osasco, todo tatuado o coroa, curtia um rock também. Terminamos o sabadão tedioso da capital do país sem muita opção para os duros tomando umas brejas na sarjeta do único posto aberto que ia até as três da manhã. Ao menos fui dormir ao menos com a alma lavada, pois no dia seguinte a parada acabaria e tinha que encarar o busão à noite, o que era mais fácil, só puxar um ronco após a fuleiragem com os trutas do fundão, que vinham só tirando onda.

Música e filmes de terror


Foi legal conversar com a molecada sobre filmes de terror. Lembrei daquela música do Sérgião Sampaio.
E assim, conversando na sala com os estudantes, relembrei de diversos filmes que ficávamos até tarde para assisitir, entre Globo e SBT, como o Fressy Krueger da Hora do Pesadelo, omo o Jason Vohress, entre outros, como a Casa do Espanto, a Hora do espanto, Halloween, Amithyville, O exorcista, Poltergheist.
Eram filmes que na maioria das vezes até já prevíamos o final, mas ainda assim encarávamos. Paque para entrar ou reze para sair.

*

Só que estou sem o som da vitrola tenho que ouvir a música na minha cabeça nessa viagem. E tem tocado coisas de prima, a cavalgada das Valquirias do Wagner, como é grandioso, tudo imenso. Ou mesmo o Ludwig, e não é a Laranja mecânica. Ainda posso ouvir muito Strauss, seguidor de Wagner, com seu milhão de surdos em Assim Falou Zaratustra. Todos estes músicos do dezenove para o vinte, todos promissores, póstumos, Nâo é a toa que o V de Vingança, anarquista que destruia para contruir ouvia um Tchaikowsky quando detonava um prédio. A destruição traz a grandiosidade.

A música faz suportar de tudo, ela cura, coloca ao menos um pouco de uguento nas feridas da alma, como podemos ver em Schopenhauer, Nietszche e Bukowski. Torna a vida menos mecânica, menos previsível, menos tediosa.

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