REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Lembranças de Augusto, o moleque maravilhoso
O trote da necessitada
Houve certa vez, Augusto ainda morava na casa de seus pais, levou um trote. Lembrou-se de que seu pai recebeu o telefonema. A garota, que não quis se identificar, foi começando a se derreter para cima dele. Bom, como seu pai percebeu logo seu engano, e para não se enroscar com a mama, falou que ela estava falando com o sujeito errado, e chamou a figura correta.
Desta vez, a menina foi se declarando e se abrindo toda para Augusto. Disse que levasse muita camisinha, que fosse em uma casa para baixo, no quarteirão de baixo, que a procurasse, que queria dar muito pra ele. Que tava louca de tesão para dar. Imaginou quem era, uma vez que tinha rolado um causo que já contou aqui. Era algo ou da desenho, ou da Patrícia, ou um conluio das duas, usando uma terceira.
O Augusto, que não perde uma oportunidade dessas, até foi para conferir, mesmo que cético, mas empolgado. Se a pessoa tivesse vendo de longe, até tiraria um sarro com a própria. Bom, mas como previsto, não deu em nada. Valeu ao menos para Augusto socar uma bem inspirada com aquela voz sacana gemendo ao telefone, fingindo ser ou passando-se por alguém que não era.
A desenho animado
Augusto sempre foi de contrariar as opiniões. Mesmo na escola, no segundo grau, quando inventou um apelido para uma menina feinha, óculos de fundo de garrafa, doidinha (ela tomava uns comprimidos e fumava uns beques). Todos chamavam-na de “desenho”, “desenho animado”. Esta mina ficava no pé, era doida por ele. Augusto sabe que uma vez resolveu pegá-la. Começou a dar uns catos nela, na frente da escola, e dentro mesmo, na hora do intervalo. Os colegas viam e ficavam tirando um barato.
Mas enfim, depois, como já era de se esperar, que só tiraria um sarro, deu um pé na sua bunda. Os camaradas ficaram tirado um sarro, porque ele pegou aquela feinha. Ele estava em baixa, pois uma mina que eu tinha dado uns beijos no começo do ano, a Patrícia, muito mais da hora, era mais solicitada pelos outros. Todo mundo estava em cima dela. Ele só conseguira um vez, no meio de um churrasco, em que lhe dera uns beijos, sendo depois carregado pelos colegas. Virou lenda, a tal de desenho e tiravam sarro dele.
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