REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
domingo, 12 de abril de 2009
Malha o Judas
Por ter passado em terras casabranquenses por estes dias, em período de Sexta Feira da Paixão e Domingo de Páscoa, lembrei-me de um ritual já não mais existente nas ruas, que não é mais desenvolvido pelo povo local, muito menos pelas crianças.
Trata-se da malhação do Judas. Não entrarei no mérito da questão, sobre quem foi o Judas, ou de seu papel a cumprir na "traição ao cristo"?
Só lembrarei aquele evento que fazíamos, participavamos, que era a confecção, a montagem do boneco que representava o Judas.
Podia ser feito de enchimento, de papelão. Pegávamos uns trapos, fazíamos uma cabeça. Colocávamos uma roupa de caipira e saiamos batendo umas latas, e gritando:
"-Malha o Judas! (tãtãtã,onomatopeia para as latas)-olha o judas". E seguiamos pelas ruas de paralelepidedos
Quando chegávamos a um alto, a um poste, descíamos o porrete no judas, quando não o queimávamos. Era uma cerimônia cristã, fazíamos parte da cultura do povo, mesmo sem saber se cristãos ou não. Também existiam tantos rituais, de não comer carne, não fazer barulho ou gritaria, não dnaçar ou pular, senão o rabo aparecia...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário