O nosso amor é como uma sinfonia
Tocam clarins e clarinetes, flautas doces e tubas
Entre nossos gemidos ávidos de paixão: nossa forma de orar
Crescem os sons dos metais das cordas e percussão
Por todos os amantes entregues à lua
Enquanto anjos negros caídos tocam blues e boleros
Amamo-nos sobre lençóis cheios de pecado
Sentimos na carne o arrepio da lascívia
Em quartos escondidos e esquecidos no tempo
É imensamente estrondorosa
Ainda que silenciosa e
Medonha esta vida trágica
Com suas doredelícias
A dualidade do prazer e da dor
Do amor e do ódio
Da fúria e da paixão
São como música para nossos ávidos ouvidos
Você fica linda como uma Fúria
Ou uma Bacante enlouquecida
Quando está brava
É uma loba ensandecida
Morde boca queixo e pescoço
Quando fazemos amor é coisa de outro mundo
Chegamos ao êxtase do paraíso ao
Queimarmo-nos juntos no inferno
Nosso amor é velado e reprimido
Proibido banido e bandido
Deixa cicatrizes na alma e
Uma cirurgia de apêndice na barriga
Como tatuagens desbotadas
no fluir do tempo
o Vir-a-ser das coisas
Nenhum comentário:
Postar um comentário