domingo, 31 de julho de 2011

Vida louca e bandida


Ontem após uma reunião do setorial de Educação fui conferir o Bourbon Jazz lá no Ibirapuera. A maior surpresa que tive foi ao chegar, não foi a passeata pela Educação, algumas pessoas buzinando, a moçada com cartazes. Até ai, beleza.

Quando passei pelos portões da Assembléia Legislativa, observei algumas faixas, manifestando contra a  maconha. Percebi que haviam centenas de faixas, e logo vi que era alguma igreja, pois todos faziam uma coreografia, como uma dança, e todos estavam de branco naquele estacionamento.

Uma das faixas que mais chamou minha atenção continha os seguintes dizeres: "para manifestar sua liberdade de expressão, você precisa estar lúcido" (ou sóbrio, só sei que o sentido era esse). Pensei cá com meus botões: porra, será que alguém tem que decidir o modo como o outro irá protestar? E aonde estão os direitos e liberdades individuais?
Até no direito à cidadania dos doidões, maconheiros, loucos querem dar pitacos? Esse mundo está ficando cada vez mais careta e provinciano. Essa é só uma pequena amostra da falta do que fazer e a bisbilhotice com os assuntos da vida alheia que nos atrasa um bocado.
Mas faz parte do jogo democrático, assim é melhor deixá-los protestar do que calar sua voz.

Ri mais daquela, e fui me embrenhando a pé, no meio das pessoas. Chegando por lá, encontrei o velho amigo Toco, a Cinélia e mais alguns amigos que lá estavam com ela. Nos divertimos um pouco com a rabeca country, O Clash que mandaram, tudo muito bem regado a um Camparão, que desceu muito bem com a raspadinha do isopor que eles levaram e rodelas de laranja que o toco colocou.

Ainda convenci o Toco a irmos pra Osasco conferir o Carlos Careqa, em sua nova apresentação. O local estava vazio, ele entrou até de graça, e o mais legal, havia uma narrativa de Buk, a Delícia Sabattela mandou muito bem em "Geni e o Zeppellin", "Filosofia", de Noel Rosa, além de canções  e textos de Bertold Breccht e Kurt Weil da ópera dos três vinténs. Pra fechar, tem que ser o "Guaraná Jesus", do ótimo "À espera de Tom". Foi um ponto alto da noite.

Depois mais birita em botecos imundos de Pinheiros, coxinhas pra matar a fome (nem tenho comido muito esses dias). Fecharia perfeito se eu não tivesse perdido de vista o Toco no meio do caminho. Daí, depois dessa, desisti de procurar, o bode do sono me fez ir pra casa, as baterias arriadas dos últimos dias, sem comer nada até agora e com pouquíssima esperança no ar.

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