domingo, 16 de outubro de 2011

Una estadia en Buenos Aires


Era mais que necessária uma escapada do Brasil. Um final de semana desses que fecham uma semana morta e embrulhada, foi uma boa pedida um achado daqueles por uma merreca. Ainda que uma forte presença de uma mulher em espírito   fizesse contatos telepáticos comigo. Quando as coisas ficam de rosca e não há nenhuma promessa e as coisas ficam enroladas, o melhor é dar o fora mesmo e curtir, pois a vida é curta e passa rápido demais.

O paradeiro dessa vez era fora do pais foi um 
achado muito bom e barato pra quatro dias sem frescura sai do mapa. Da argentina eu conhecia Mariana, uma menina mui bela bonita charmosa Era a  morena mais bonita do pedaço minha namoradinha da rua que me dava uns beijos e dividia sua atenção para com minha pessoa generosamente quando aos meus dez anos eu dividia o eu coração entre ela e outras brincadeiras de molecada na rua.



Na primeira noite de chegada, após uma breve passada por Montevideo, chegamos, eu e minha nega-índia potiguar querida, em Buenos Aires. Tivemos uma ótima impressão ao pousarmos ao lado do rio, placas e propagandas, estamos em plena campanha eleitoral, um transito intenso no sentido contrário para nossa sorte, escapulimos pela autopista. Arrisquei algumas palabras logo de saída, consegui ser compreendido pelo motorista.  Ele nos levou até o Centro de Buenos Aires, adentrando pela nove de julho, data da independencia politica da Argentina, um pouco antes do obelisco, chegando à rua Paraguay. Esta rua será o charme da coisa, nossa estadia, próxima de restaurantes, um cheiro de pizza na pedra, em frente Parillas, entre outros charmes da rua, como 25h, locais que possuem cabines telefonicas que voce liga pra qualquer canto do mundo. tudo embaixo ou atras de nossa estadia muito perto. O peso te dá uma falsa ilusão ele estava metade do Real, mas as coisas são um bocado caras lá. Caminhando pelas avenidas córdoba e corrientes, cheias de livros e teatros, voce escuta saxofonistas solando inspirados na frente de restaurantes enquanto os transeuntes batem palma muy ritmadamente.

A fome apertava e nessas condições, encontramos um lugar muito bom na rua Córdoba, serviram uma baita de um filezão a parmegiana que daria tranquilo para quatro gorilas, com papas fritas, que mandamos ver, acompanhado por um bom vinho da casa barato, uma garrafa foi pouco daquele velho vinho vagabundo da casa. Prosseguimos na noite rumo ao Palermo, bairro um tanto afastado do Centro. o pessoal recebe bem neste local que voltariamos apos sermos passados pra tras na frente da nossa pousada

Por lá curtimos um bar que tocava vários rocks, blues, cerveja em litrão, demos uma boa caminhada, é uma praça central, o lugar é cheio de livrarias, lojas de discos que tem vinil, e o melhor é que funcionam a noite. E o rock nos segue, e buenos aires respira rock, tanto que clapton e os caras do deep purlpe tocaram o dobro do que em são paulo por exemplo e ainda estes ultimos passaram por várias cidades próximas. ainda rolou um festival de jazz em um teatro. não pude conferir poca grana, mas só para ter uma dimensão da coisa como respiram música, literatura, borges, cortázar entre outros, que se encontram ao lado de qualquer bugiganga artesanato no meio da rua.
A melhor surpresa foi toparmos em um caminho pelo ônibus com um preparo de uma festa popular andina. uma caminhada nos trouxe a surpresa como se fosse algo mágico e supresa, várias crianças todas vestidas de roupas coloridas, um monstro peludo, homens vestidos de borboletas, mulheres  coloridas, índios, bolivianos, peruanos, argentinos, chilenos, todos incas andinos em um carnaval surreal da américa latina com um som de tubas e uma bateria ensurdecedoras mulheres dançavam, a cidade banhada por estátuas de san marti e simon bolivar imagens de guevara e das mães da plaza de maio e dos combatentes da guerra das malvinas.

Tudo regado a um jazz no meio da rua, um pequeno quarteto castigando seus instrumentos contrabaixos caixa saxofone guitarra. cheio de artesanatos e feiras que cortam uma extensão colorida de uma praça em san telmo até a praça de maio e continua na rua florida com o camelo no meio da rua.
há muito rock, mesmo nas músicas que são executadas em ritmo andino, seja toto beatles simon e garfunkel entre outros..
Na passeada pelo centro, na praza de mayo, em frente a catedral, ao palácio rosado, encontramos moradores de rua, mendigos e pedintes, mas em uma proporção menor que a de São Paulo, e não vemos a concentração de casqueiros nóias como estão no centro ao lado de casa.

Há bairros como os europeus, era a aristocracia que ali vivia, mesclada com o peronismo populista, que está enterrado em cemitérios nobres que são esculturas a céu aberto. Eu penso e lembro do conde isidore ducasse lautreamont, aquele o conde bilingue uruguaio que sabia frances e espanhol, deve ter dado seus pulos por aqui nos pampas gauchos.



De um lado a outro, do norte a sul, cortamos pelos onibus, os onibus são muito interessantes em buenos aires, tem janelas para propiciar a flanerie, nele vemos o monumento ao mortos nas guerras das malvinas em 1978, e um presente de grego dos britanicos invasores que hoje so permitem o povo entrar com passaporte. fizemos um bom passeio de onibus noturno até la boca. fomos alertados pelo motorista paraguaio, o ultimo aviso após tantos, que o lugar era perigosíssimo, barra pesada, mas mesmo assim andamos pelo wild side de buenos aires, o porto.

Fomos em la boca, lugar mágico em que décadas atrás marinheiros, estrageiros migrantes fizeram aquele bairro proletário e lumpemproletário o nascimento do tango dança dos homens dos marujos marinheiros com as prostitutas bairro do boca que tem em sua abertura carlos gardel evita peron e o deus negro dieguito maradona para o mundo. Avisaram-me para ficar esperto com o encanto das dançarinas de tango, elas são provocantes, não tanto como deviam ser antes, como as putas do bairro nas casas de bordel. hoje custa os olhos da cara ver um troço desses, pois nem tem graça, por isso contentei-me com o que foi oferecido nas praças e na frente desses bares de tango. o tango é a nostalgia da terra, dos estrangeiros, numa terra estranha  agora é tudo colorido nel camenito.


o rango é forte, mandei muitas chuletonas que chamam de bife de chorizo, que é nosso contra-filé, mas muito suculentos e regados, uma a porçao grande para dois mata nossa fome, cervezas e linguiças pacharros acompanhados de cantos. a noite é uma maravilha, arriscando-se a flanar pelo centro até o porto, lugar barra pesada, tivemos o toque do motorista, que nos deixou no lugar certo, passamos pelo caminito, antigo cortição da cidade, hoje ponto turístico muito colorido.


as noites são bárbaras em uma rotiserie, uma garrafona de vinho pra nos acompanhar, empanadas e ótima música. yo me dei muy bien com meu portanhol improvisado, consigo conversar bien com los indios, con todos, nas lojas e bares que passamos.e aquele ventinho frio gostoso que dá um sono, em bares sobre nossa estadia, bares de piratas que nos enrolam com as cervejas e tocam pop rock dos anos 1980 com chicas bonitas e trebados que batem a cara na porta ou rotisserias com cognacs piscos tequillas e tudo o que voce pode pensar.


2 comentários:

Pirro disse...

Bom, meu velho, sua crônica latino-americana me parece que retratou e expressou de modo nítido suas impressões dos Bons Ares argentinos. Ao ler a crônica, tive a sensação de andar junto contigo pelas ruas da cidade. Fiquei com vontade de conhecer o Bairro Palermo... e a boca...
(Abraço)

Celso Augusto, O autor dos rebentos disse...

Opa Pirro, junte uma grana é bom demais, vale cada centavo. Fomos eu e nega por um pacote desses de internet, tudo incluso, foi bom demais! (Abração)

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