junkies dormindo feito ratos
Na cracolândia sob lonas pretas
Mini fogões de boca
Zumbis diuturnos guardam em vigília
pelas ruas feito exus e pomba-giras
Trepando no meio da rua meninas grávidas
Ávidas por mais um trago na fumaça
Pra acalmar os brônquios
bocas famintas do vício crack e óxi
Lambo os pratos e marmitas e quentinhas largadas no chão
No mesmo lugar que defecam suas merdas
Líquidas marrons amareladas ou
Até pretas com sangue e o cheiro de mijo
Da urina dentro de casas abandonadas no quarteirão
Prefiro chupar as feridas de cogumelos
Atômicos purulentos
mais limpos que
senhores engravatados
governantes mentirosos
Devoro os seus cachimbos de
gambiarras canetas papel alumínio
a lamber as botas dos gambés
Tiras que os varrem, noiados
Expulsando-os da cidade burguesa
para quem são o extorvo e a escória a
face pútrida de uma sociedade em de-
c
o
m
p
o
s
i
ç
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