Fetos mastigados como chiclés de bola
O amarelão no cérebro faz recordar de veras
Como era linda em sonhos de chocolate em bombas de explosão
Do suco vaginal que a fazia dormir, embalava sua criança em limonadas da testa
A rainha da paz não voltará mais com suas lontras assassinas
Deusa de olhos brilhantes uma druida celta cinzenta
Ganesh ou a aranha spinozana do universo
Ornitorrincos arranham a minha caixa craniana
Enquanto busco papagaios nas grutas de suas gargantas
Revoadas de maritacas em meus pulmões de de cimento e concreto
Das flores, violetas, orquídeas, azaleias que nascem entre os pentelhos de sua boceta
Pendurado nos úberos de suas tetas de loba magra
E nos ossos finos de leopardo corredora com dentes caninos à mostra
Devorando os sanduíches do sonho e as vísceras podres da realidade
Partiu sem medo e sem dúvida rumo aos peixes espadas e raias e
enguias dentro de seus intestinos e do sexo furioso e cortante das barbatanas do tubarão
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