Lembrança do gosto de rabo-de-galo
Cynar com Velho Barreiro no copo
Nas calçadas do rock, ensandecidos
Bombeirinhos em copos de plático brancos
tingidos pela groselha das seis da matina
Em um desses botecos da Liberdade
Xanas cheirosas nas estações de trem
escadões e cantos escuros da madruga
Damas da noite morenas coxudas no sobrado
de uma casa velha
Tudo tinha o gosto doce de maria-mole
Breaco na madrugada com camaradas
Nas casas da noite, de vovô
Rezando pro deuses dos chápeu de sapo
e mandando estoura peitos bombas ativas
E vinhos velhos vomitados em manchas
de camisetas brancas
Quero deflorar a meia noite, o útero da madrugada
Comer sua boceta arrombada
Chupetas e fodas quentes em fuscas
Sonhos molhados
esperma da polução
noturna
REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
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