O demais nunca é o bastante
Sempre querendo mudar o meu modo de ser
Meu ser poético, lírico e romântico
o modo que sou - no fluir e no devir
Fazendo-me sentir o último dos seres
O mais descartável, inútil e dispensável nesse amor
Disseste estar cansada, já não sou mais o mesmo
não me procura com o ardor da juventude de antes
às escondidas, namoros nas estações e passeios insólitos,
fazia de tudo para me encontrar e ficar comigo nos raros momentos
Dizes que não estou nem sou presente, não me interesso por nada
Apenas com coisas materiais cotidianas, corriqueiras
Trocando e oferecendo apenas o dever pelo prazer
as implicações e obrigações, brigas, birras e brigas por emoções
Pergunte a si o que será que estou recebendo?
Qual é o retorno que tenho?
já que me consomes e joga fora?
Ameaças de sumiço ou abandono não resolvem
sempre escuto que eu não sou, não faço,
Experimente ficar sem eu por um tempo
pra ver se me esquece ou se sente falta
Não quero ser o bagaço da laranja
Chupado, usado e jogado fora
Não quero me sentir descartável
REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
terça-feira, 5 de março de 2013
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