08 08 2009
Sábado fomos ao bar do Real. Eu e a Cléia. Chegamos lá depois da meia noite, sentamos numa mesinha na parede, perto do cardápio gigante. Pedimos uma breja, e também uma caipirinha. Ficamos tomando no sossego, jogando conversa fora. De repente entrou um sujeito meio calibrado, olhando descaradamente para a nega. Como não sou nada bobo e sei andar na noite feito gato escaldado, não curti de cara, já arrepiei meus pelos. O cara foi lá para o fundo, perto dos banheiros. Depois foi se aproximando, até sentar naqueles banquinhos perto do balcão. Virei de lado, e fiquei olhando o sujeito, que se aproximou e veio com algumas ideinhas fracas, querendo se aparecer, pagar a conta. Não tive dúvida: -“Caia fora! Não quero idéia contigo!” Ele olhou como se não entendesse, mas eu entendi tudinho sim. Emendei: “enfia o rabo entre as pernas e sai andando, não quero conversinha fiada!” O sujeito pegou o beco, desconcertado, e foi para a calçada. Pedi a conta, paguei no balcão, e saímos de boa pela rua.
Ouça No fundo do quintal da escola, por Raulzito
E mais esta, para lembrar de todas as manhãs de domingo que chegamos arrebentados, bêbados, chapados, mas felizes em nossas casas, toda vida que escuto esta música, os seus sininhos do início que parecem um brinquedo, eu lembro muito bem de tudo:
Ouça Sunday morning, por Velvet underground & Nico
REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
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