REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Garapa
Hoje estavam dando uma mão de tinta na sede e fiquei meio locão. Embora eu já esteja acostumado com o benzeno e afins, por ter detonado os pulmões com estas porcarias quando era mais moço, como cola de sapateiro, loló, lança perfume, benzins, thinner e outros solventes. Não tô com dor de cabeça, nem nada, só vi como as pessoas daquele lugar, como são dissimuladas e falsas, eu não preciso fingir nem um pouco, todas querendo parecer trabalhar sem fazer porra nenhuma, um bando de puxa sacos do poder.
Eu fiquei só no meu canto, curtindo um filminho no improviso no pc, ganhando a lança e sentindo o cheirão forte da tinta e solventes por mais de três horas seguidas. E não tive nenhuma dor de cabeça depois. O meu corpo já estava preparado.
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