REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
sábado, 5 de dezembro de 2009
Escola sem mestre e professor
Passou já a pauleira das eleições sindicais, aguentamos os estresses de alguns pequenos ditadores com tons professorais, a simpatia de uma grande parte, errar, erramos, e os de cima erraram mais ainda do que nós, nós conseguimos um bocado de coisas com nossas próprias pernas, lábia e convencimento. Mais estropiados, mais fodidos, mais duros, porém, se você entra numa briga, tem que sair com os olhos roxos, alguns arranhões, cicatrizes e sangue. Do contrário, não aprende nada, não brigou, não teve graça.
O nosso pessoal tá legal, nossa galerinha de professores tá mais entrosada possível, tamo mandando ver, crescemos bastante, um dia ainda chegamos lá e vamos fazer a diferença. Amanhã ainda apuraremos e veremos o saldo. Quem sabe depois ainda eu darei um rolê para ver a vanguarda de Lira, quem sabe o que será daqui pra frente, posso até ver o Hughes pra desbaratinar daqui uns dias, ele virá aqui em Pinheiros também.
Passado o cansaço, penso como é bom correr o risco, como é bom ousar fazer as coisas, não são todos que passam por esta lição e por esta escola. O legal e o importante é que está crescendo, o que aprendemos, não há aprendizes nem professores nesta escola, ninguém é mais que ninguém, mas a experiência e o aprendizado, se meditado, fazem uma enorme diferença nessa coisa.
É que meu velho tentou ensinar-me matemática de uma forma que não entrava na minha cabeça de forma alguma, na marra, na mesa da cozinha, após a janta que minha velhinha preparava carinhosamente para nós.E eu não digeria bem as lições da marra do meu velho pai, com seus cigarros, pós de guaraná e milhares de ídolos, deuses e falsos profetas que ele se apegava para acalmar seu estresse e sua profunda depressão.
Eu aprendi a matemática na paulada, fazendo as contas com a política, no sindicato, para fazer e aprender a definir qual é a melhor estratégia para dar o rumo. E isso faz uma grande diferença, o aprender na prática, e como disse o cantor, as cacetadas desses anos todos me deixou mais velho que meu velho pai. Só assim para tornar-me uma puta véia da política. Ainda bem que não segui o caminho que meu véio queria para minha pessoa, eu mesmo fiz meu caminho e fui meu próprio mestre.
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