Ficou mal para esses amadores da produção incompetentes, que deixaram o som com microfonia, o som dava estalos, o Milton até improvisou uma jam para que eles pudessem não queimar tanto o filme dos cantores e músicos após terem queimado, e regularem o som. Só no final que conseguiram acertar, e já era tarde, e se podiam ouvir protestos espontâneos como "Fora, Kassab, vai tomar no..." Ele e o Serra estão obtendo retorno de seus cortes de verbas para enchentes, mandando polícia pra reprimir protestos de moradores em bairros alagados, apesar dos puxa-sacos da grande mídia não noticiarem.
Esta semana na terça, também assistimos em DVD um filme nacional bacana, intitulado "O contador de histórias". É baseado na história real do Roberto Carlos Ramos, uma menino morador de uma favela de Belo Horizonte na década de 1970. Ele é levado por sua mãe aos seis anos para a Febem, iludida com uma propaganda na televisão produzida pela ditadura militar. O mesmo foge diversas vezes, se torna menino de rua, e conhece uma Pedagoga, Marguerit, que é a primeira que o trata como pessoa.
Ele se torna contador de histórias e pedagogo por inspiração de uma pedagoga francesa, Margerit, interpretada pela Maria Medeiros, que acredita nele, que ele não estava perdido, e resolve investir no mesmo. É muito bonita a imaginação poética do menino, ele mesmo um contador de histórias, um narrador desde criança cheio de imaginação.
Quando olhei para a Cléia, vi que seus olhos marejavam de lágrimas, assim como os meus. O filme funciona, por sua simplicidade e mostra como se faz poesia mesmo a partir de uma realidade triste demais. É assim que se sente, um em um milhão escapam.
E por falar em contador de histórias, em breve dois poemas meus (Laranja Madura e Cabra macho, postagens presentes neste blog) foram selecionados para serem publicados em uma coletânea de inéditos, intitulada "Ecos da alma". O lançamento será em Fevereiro, na Biblioteca Alceu Amoroso Lima, na Avenida Henrique Schauman, em Pinheiros. Mais detalhes sobre data e horário aqui mesmo.
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