Alguns escritores assemelham-se aos sofistas gregos. São os sofistas da modernidade. Para eles, não importa o conteúdo do que escrevem. O importante é o malabarismo e a punhetagem literária. Desde que encha suas burras de dinheiro para sua sobrevivência medíocre e mesquinha para enganar os trouxas e os incautos que o alimentam e ao seu ego, tá valendo.
Mesmo que isto seja a marca da sua hipocrisia, da sua má-fé, enquanto escritor, enquanto intelectual (sim, pois trabalha com a escrita e idéias, qual o outro nome que inventaram para esta categoria?) ainda que carregado de certo ressentimento e canalhice, coisa de paspalhos que não pensam sobre o que fazem (e isto até pode parecer um bocado de um disfarce entre tantos, e até lhes confere um certo charme canastrão, hein?)
Sem ser sendo um socrático na peleja contra os sofistas, que ganhavam sua grana ensinando os cidadão a mentir em praça pública para ganhar os debates, sem se importar com o conteúdo do que diziam. Pois a história se repete, e a canastrice também.
Percebo que alguns destes pós-moderninhos cometem suicídio filosófico da estética. Eis aí a falta que lhes faz um Kant ou um Nietzsche por exemplo. Pois em suas expressões e formulações sobre arte estes arrogantes demonstram, quando se metem a falar sobre as coisas que desconhecem, cometem duas atrocidades: reproduzem a questão da infantilidade do gosto pessoal, do subjetivismo (só falta usar a expressão que demonstra o mais profundo mau gosto ou a expressão do egocentrismo, "gosto não de discute"); e seus juízos estéticos estão eivados de preconceitos morais e políticos (a doença da moralina, dos juízos de valor morais).
Também sei o que é a escola da rua, dos botecos, da zona, mas que não me furto a fazer certos debates, já que não sou homem pela metade, e vejo a falácia destes ignóbeis e imbecis, não sem dar uma risada de canto. Dirão, isto é muito hermético, é um debate muito especializado. Mas se alguém entrou no campo minado da escrita e da literatura e não topa com alguma mina, não sai do olhar superficial da coisa, pra que é que entrou neste mundo então? Pra entrar numa briga e sair sem nenhum arranhão?
E o pior é quando tentam utilizar um jargão ou categorias sociológicas como colonização, dão tiros no próprio pé, pois o que assistem também é colonização ianque, como bangue-bangues, rockys ou rambos da vida. Como se fosse um grande problema! Colonização por colonização, é tudo a mesma merda. Dado seu ressentimento e falta de auto-estima e autodidática, estes meio homens praguejam sobre o que nem fazem força para compreender. É o famoso não li e não gostei, os que julgam o livro pela capa.
Fazem pose de joão-sem-braço, mas levam mais um cotoco na cabeça. Derrota por derrota, tem uma pá deles que vemos todo dia pegando o trem da cptm ou no busão, um monte de bandidinhos dando seus pulos por aí, mas que nem por isso choram pitangas. E cada um se vira como pode ou consegue, mas todos estamos fodidos, a maioria absoluta, e nem por isso ficam por aí de trololó.
Mas os escritores sofistas são eternos impotentes voluntários, coitadinhos broxas que vivem a se autovitimizar e achar bonito e lucrativa a estética ($) de se passar por fodido ou marginália lumpen. Queria vê-los comer merda, mas nem lumpens querem saber de comer merda. Talvez se compreendessem um pouco do que é contextualização histórica dos livros que leem, sacariam mais da parada. Mas daí, já é pedir demais.
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