Tem manezão que fica se gabando, mas não passa de um zé ruela que não tem convicação de sua masculinidade e precisa se justificar pra si e se afirmar perante os outros, como um moleque. A treta aqui é a seguinte: não sou de ficar escrevendo muito, tenho mais o que fazer, o tempo RUGE e o que tenho pra dizer, é na lata que digo.
Quando o pau quebrava pra valer no meio da molecada, o bicho pegava, não tinha desta de ficar falando rame-rame. Quando era moleque, saia na porrada com a molecada na escola ou na rua. E olha que eu curtia e conhecia rua mesmo: jogava bola, esconde-esconde, mãe-da-rua, rolemã, descia as ladeiras, tinha festa junina, brincava de gangues, conhecia um bocado de gente da redondeza. E foi diversas vezes, mesmo, com um bocado de gente, pois conhecia gente de todos lados. Foi bom pra aprender a ficar esperto, até uma certa idade. Sai na mão com o Zé da peixeira, os pirralhos todos que provocaram o Pirulito e me deixaram sozinho na hora que o pau quebrou, o Marcos na escola que sabia kung fu e eu torci seus dedos; o bicha do eduardo na escola, no qual dava várias porradas no queixo; zeniel da escola, entre tantos outros da vila no interior que até mes esqueço. Até com brothers que curtia pacas, o André, por exemplo, briguei, mas no dia seguinte já estava de boa.
Só que eu curtia mais ainda o lance com as namoradinhas, desde moleque (uma das primeiras que lembro, foi a Cristina, quando eu tinha sete ou oito anos). Meu universo sempre foi um bocado acostumado à psicologia feminina. Uma vez que havia um bocado delas na família (só em casa eram três), depois, é óbvio que eu preferiria sacar sobre a psiquê e tudo mais da mulherada, pra tentar entender um pouco, uma vez que tudo, se alguém diz que entende, está mentido, pois ninguém tem o mapa da alma da mulher, já dizia o Zé Ramalho.
E de modo algum quero dizer com isto que ganhava sempre: aliás, mais perdia do que ganhava, mas mesmo perdendo ou derrotado, ganhava mais aprendizado, mais experiência do que ficar engalfinhando na porrada com a molecada. Não me chame pra bater uma bola, tô pulando o muro do fundo do quintal da escola, diria o raulzito.
Quando me tornei um adulto lá por perto dos dezessete, dezoito, não precisei ficar me gabando ou justificando nada, pois já tinha aprontado de tudo um pouco. Ainda bem que tive infância, e foi bem aproveitada, sem culpa, sem traumas e sem precisar fazer pose ou mentir pra eu mesmo sobre meu passado e origens, como alguns fazem. Apanhei dos meus pais, apanhei e bati uma pá de vezes na rua, na saída da escola e criei meu juízo com tudo isso. Nunca fui um frustrado por não ter feito algo no tempo, nunca me fiz de vítima ou de coitadinho. Muito menos sou um "adultescente" que perdeu o bonde da época e depois resolveu tirar o atraso.
Só que eu curtia mais ainda o lance com as namoradinhas, desde moleque (uma das primeiras que lembro, foi a Cristina, quando eu tinha sete ou oito anos). Meu universo sempre foi um bocado acostumado à psicologia feminina. Uma vez que havia um bocado delas na família (só em casa eram três), depois, é óbvio que eu preferiria sacar sobre a psiquê e tudo mais da mulherada, pra tentar entender um pouco, uma vez que tudo, se alguém diz que entende, está mentido, pois ninguém tem o mapa da alma da mulher, já dizia o Zé Ramalho.
E de modo algum quero dizer com isto que ganhava sempre: aliás, mais perdia do que ganhava, mas mesmo perdendo ou derrotado, ganhava mais aprendizado, mais experiência do que ficar engalfinhando na porrada com a molecada. Não me chame pra bater uma bola, tô pulando o muro do fundo do quintal da escola, diria o raulzito.
Quando me tornei um adulto lá por perto dos dezessete, dezoito, não precisei ficar me gabando ou justificando nada, pois já tinha aprontado de tudo um pouco. Ainda bem que tive infância, e foi bem aproveitada, sem culpa, sem traumas e sem precisar fazer pose ou mentir pra eu mesmo sobre meu passado e origens, como alguns fazem. Apanhei dos meus pais, apanhei e bati uma pá de vezes na rua, na saída da escola e criei meu juízo com tudo isso. Nunca fui um frustrado por não ter feito algo no tempo, nunca me fiz de vítima ou de coitadinho. Muito menos sou um "adultescente" que perdeu o bonde da época e depois resolveu tirar o atraso.
Nunca curti dar trabalho pra ninguém. Desde cedo, mesmo moleque, se eu bebia demais, caia quieto no meu canto, dormia e depois saia andando, sem bancar o valentão que levava umas bifas depois. Prefiria mil vezes aprender coisas de todos os tipos (ideais e corporais) com mulheres mais experientes, maduras na noite. Sempre foi melhor sair com a mulherada do que para se engalfinhar com machos, nunca tive dúvidas em relação a isto, principalmente quando já havia ficado adulto, não tinha pra quê, não é não? Mas tem gente doidona que precisa se autoafirmar, ou talvez seja um pouco de insegurança. Eu não tô nem aí com isso.
Se alguns tem recaida às vezes ou dúvidas, eu ainda continuo firme na mesma opção, desde que nasci. Nem um pouco mal-resolvido ou muito menos preciso provar algo pra alguém, pois meus tombos e derrotas dão meus próprios credenciais.
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Zombaria e bufonaria dos demônios
em relação à memória seletiva
caras que se julgam ser os fodões e valentões
só levaram porrada de macho a vida toda
descontam no rosto de sua mulher
a ironia da história
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"A mente é dotada de potencial de mentira para si próprio (self-deception). O egocentrismo, a necessidade de autojustificativa, atendência a projetar sobre o outro a causa do mal fazem com que cada um minta para si próprio, sem detectar a mentira da qual é autor"
Edgar Morin
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