Faz tempo eu disse que não faço distinção entre quem faz um trampo, seja com as mãos ou com a cabeça, salvo saber que o primeiro é mais desprestigiado, e o segundo, valorizado, pela divisão do trabalho estabelecida pela sociedade. Não é mais nem menos quem escreve, pinta e borda, toca ou não, o que deve fazer com maior humildade, seja usando o critério científico ou artistico.
Até os malucos véios, barbudos, mendigando no centro de Osasco, aquele véio cabiludo alto, magrã, com um boné que fica na esquina da Primitiva Vianco, sempre me pedindo 25 cents, ou aquele outro que fica sentado do lado da escola, resmungando e filando um cachorro quente, também tem algum estilo e alguma arte.
Enche o saco ver alguns carneirinhos de bosta, que acham que o fato de escreverem é mais do que um borracheiro que conserta pneus, um carteiro, ou a cozinheira que me serve um suculento filé ou qualquer outra porra que se faça.
Até os malucos véios, barbudos, mendigando no centro de Osasco, aquele véio cabiludo alto, magrã, com um boné que fica na esquina da Primitiva Vianco, sempre me pedindo 25 cents, ou aquele outro que fica sentado do lado da escola, resmungando e filando um cachorro quente, também tem algum estilo e alguma arte.
Enche o saco ver alguns carneirinhos de bosta, que acham que o fato de escreverem é mais do que um borracheiro que conserta pneus, um carteiro, ou a cozinheira que me serve um suculento filé ou qualquer outra porra que se faça.
Não só falando em critérios de utilitarismo, mas sinceramente, que porra eu levo com esses franjinhas sentimentais que escrevem a porra que escrevem? É de fuder a porra do que se acham, tanto faz, de qualquer forma, só estão sobrevivendo, de qualquer forma alimentam, sejam com ideias, com o trabalho essa porra que continua funcionando. Fodam-se todas as poesias que não dizem nada, são pura masturbação sem sentimento, foda mal dada, sem carne.
Tem um monte de mala sem alça fazendo ponte que cai por ai como gente posando de artista, e de toda forma todos ganham sua vida, e foda-se, desde que se divirtam e toquem em frente a situação, sem muita encanação. Tá cheio de emo e biiitiniki de butique na universidade, no curso do Willão, mas a coisa tá tão sem espírito, sem a loucura ou sem a paixão, que não tem nem graça. Tem um bocado de certinhos poetas e prosadores que dá no saco e eu saio com um irmão para estourar um que a coisa tá pedindo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário