sábado, 20 de novembro de 2010

O rock nunca morre no coração dos rockers de fé: apresentação do Carl Palmer 19/11/2010


Ontem eu matei o serviço pra curtir o bom e velho rock. tinha um dia guardado, a tendência era o esvaziamento, então não pestanejei, por um bom motivo. Quem nasce pra coisa não tem jeito, não nega sua natureza, pode até rifar a própria calça, pra fazer uma coisa que curte. Ainda mais pagando meia entrada, tô dentro. Comigo não tem jeito, tenho um trampo para manter as coisas no mínimo, mas também tenho que alimentar os vícios de vez em quando. Pois um homem que não tem vícios não é nada, é um fraco, como já dizia o Zé Gê. E um vício meu antigo é o rock, desse não abro mão. Não sou chegado em nenhum destes tipos de ascetismos franciscanos ou budistas, que negam o mundo. Sou um apegado, confesso mesmo, e gosto disso, não nego meus instintos e paixões, faz parte da vida.
Esse novembro tá cheio de coisas boas pra curtir, não dará para ver tudo,  com certeza. Entre os que não  vou poder curtir,  Lou Reed, cujos ingressos acabaram em duas horas pra hoje e amanhã, e ainda hoje rola  o Creedence Clearwater Revisited. E amanhã e segunda rola o McCartney, que lotou  e esgotou nos primeiros dias- estes superconcertos de estádio não tem me agradado muito, tenho preferido apresentações em locais menores, mais intimistas com o público. Sem contar o preço, que pago metade e dá para ir em mais três ou quatro.
Eis que ontem encarei aqui perto de casa, no clube Carioca, a apresentação do Carl Palmer.  Era um trio muito bão, com um guitarrista competente pra fazer as vezes do teclado de Keith Emerson., e o baixão poderoso, formando uma cozinha tanque de guerra com as baquetas do mestre, mas ao mesmo tempo melódico. Tenho boas memórias que já contei, o Trilogy (1972), que o pais do Daltão tinha e emprestava pra conferir. Eu curti pacas, depois fui achando outras bolachas, o vídeo do Pictures, sem contar algumas coisas mais recentes com o advento dos dowloads, como os mp3 do The nice, grupo anterior do Keith Emerson. 
Eu já havia conferido o cara na apresentação do ASIA em 2007, e foi supimpa, mandaram músicas dos grupos dos grupos que os membros participaram (Yes, King Crimson e Emerson, Lake and Palmer). Só que foi apenas uma ou duas, no máximo, a maioria os hits hollywood do Asia, que também tem sua importância.
Chamei uma dose de um Domecão no bar do lugar, tava tão sossegado aquele clima, pouquíssimas pessoas foram conferir, que deu pra ficar um tempo sentado. Logo ele mandou na segunda ou terceiro numa versão demolidora a sua versão para "Peter Gunn", uma e outras Toccatas e Fanfarras. Mandaram a própria "Trilogy", executaram o disco ao vivo só no instrumental "Pictures at an Exhibition", além das firulas, em que o baixista tocou as harmonias e a própria melodia de "Bohemian Rapsody", do Queen. Matou a pau.  Lá para o final, fui para frente, tava vazio demais. Ainda voltaram para tocar a Carmina Burana e uma composição de Tchaikowski. Pra quem esperava que fosse tocar os hits medalhões, como Lucky Man, From the Begging e C´est La vie, por exemplo, saiu insatisfeito, pois ele mandou um set mais obscuro, técnico e conceitual, por ser instrumental. O que não significa que foi ruim. Muito pelo contrário, sai satisfeito e com a alma lavada depois de quase duas horas. Ainda vem mais pela frente, podeixar que farei um apanhado dos próximos, como o Jeff Beck e o Yes, que ainda vem pela frente, sem contar a volta do Twisted Sister em terras tupiniquins.

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