Jaguatirica magra, esguia, esbelta
mordendo os lábios com suas presas
caminha balançando os cabelos esvoaçantes
rosto de madrepérola morena
boca fina vermelha
olhos de gata brilhantes
desce dos céus numa estrela cadente
toda de branco, às vezes de azul
brincos e colares exóticos
entre brumas, fumaças e luzes
os brilhos da noite encobrem
cabelos vermelhos
Deixa o torpor da embriaguês
O coração bêbado de tropeços
Uma cirurgia do apêndice
lançou-a para longe
cortou com bisturi
Coisas dispensáveis
Deixou apenas a beleza da vida
No frio fim do mês de Maio
Esquentou o coração
numa guerra política
Sensual
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