Nove e pouco da noite. Tomo um drink no inferno acompanhado de uma pomba gira filha de Iansã. Ela expõe seus dotes sobre uma mesa de bilhar. Ela tem talento na lábia, e fala que quer trepar. Me despeço pois minha cabeça está mas na lua de queijo minas alvo como leite novo. Ela é a minha metade meu outro eu o andrógeno que éramos mutilado e disperso agora reencontrado através do desejo. Sinto até o seu odor e o perfume do seu sexo como no mito narrado por Aristófanes no Banquete à Eros platônico. Eu trombo andando balançando na rua com os nigerianos trançando suas gírias e rezando na sua língua em uma Igreja pentecostal africana os coreanos conversando e os bolivianos paraguaios da Rua Guaianases toda cheia do lixo de suas comilanças e orgias massacrados pelo Duque de Caxias gigante e imponente da Praça Princesa Isabel. O sinal está fechado para os casqueiros que se reúnem como bandos de ratos na Rua do Boticário acendendo seus cachimbos de improviso em canetas e outros tubos metálicos. A Praça Júlio Mesquita Filho tem uma Fonte Monumental marmórea com intervenções urbanas de pichações e descasos monumentais com os querubins endemoniados de Win Wenders. Vejo a estátua nuas de uma índia após o banho, com suas xavasca ao léu e peitos apontados para o céu Brecheretiano. Um Césareano Augusto imponente guarda nietzscheanamente o Largo do Arouche transvalorado de seus valores, seguido por um bezerro e a menina Enquanto Mercúrio descansa solenemente sobre o capim republicano e fico triste com as notícias da Mãe de santo Miriam e seus orixás que me deram sobre minha vida. Eu sou como as tartarugas ao sol dos laguinhos da República que ficam totalmente sem apensando bovinamente.

Nenhum comentário:
Postar um comentário