Um congresso em que o sonho se fez presente. O surrealismo, a energia e a pulsão tomando chimarrão. Para quebrar a passividade e a acomodação. Depois de ir embora mais uma vez de trem, fui assistir Na estrada, filme do ano, no cinema. A noite viajaria para longe, farpas trocadas por mensagens telepátiacas. Lendo os diários Não expurgados de Anais Nïn, após devorar os livros de Helder, Apollinaire, Nerval, a espiã na casa do amor da própria Nin entre outros tantos. Chego em Natal, o friozinho nos recebe, com chuva, na madrugada. Uma hora para chegar em Pitangui, Extremoz. As dunas e coqueiros valem a pena, compensam meus glóbulos vermelhos, assim como escorrego pelas areias nas palhas e nas sombras dos cajueiros, a noite haverá festa de são Pedro fora de época. É churrasco, cerveja, uísque, ice e tudo do bom, forró com direito a poeta cordelista do conjunto residencial Santa Catarina e Panatis. A farra vai até o dia seguinte pela manhã, bebos homens e de ressaca pelos supermercados, buscando mais bebida para curar a ressaca. Caminhamos sob a brisa, mais chuva, até a viagem de volta a Pitangui. Desejos noturnos, sensualidade desenfreada, não troco nada pela minha rede, com a brisa que só tem aqui. Muitas muriçocas, que nos sugam o sangue das pés e mãos descobertos. Anais me faz companhia, junto de Artaud e Henry Miller. Manhã passear pela praia, andando entre lagostas, polvos voadores e lulas no ar, piso sobre manjubinhas, falar com pescadores, caminhada pela areia picolé de cajá graviola. Manjando um peixinho cioba com pimenta e milho boliviano, nas dunas da lagoa de pitangui, entre coqueiros e cajueiros, tomando uma pina colada.O abacaxi levanta o seu chapéu e começa uma dança de esquibunda.
REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
cenários potiguares
Um congresso em que o sonho se fez presente. O surrealismo, a energia e a pulsão tomando chimarrão. Para quebrar a passividade e a acomodação. Depois de ir embora mais uma vez de trem, fui assistir Na estrada, filme do ano, no cinema. A noite viajaria para longe, farpas trocadas por mensagens telepátiacas. Lendo os diários Não expurgados de Anais Nïn, após devorar os livros de Helder, Apollinaire, Nerval, a espiã na casa do amor da própria Nin entre outros tantos. Chego em Natal, o friozinho nos recebe, com chuva, na madrugada. Uma hora para chegar em Pitangui, Extremoz. As dunas e coqueiros valem a pena, compensam meus glóbulos vermelhos, assim como escorrego pelas areias nas palhas e nas sombras dos cajueiros, a noite haverá festa de são Pedro fora de época. É churrasco, cerveja, uísque, ice e tudo do bom, forró com direito a poeta cordelista do conjunto residencial Santa Catarina e Panatis. A farra vai até o dia seguinte pela manhã, bebos homens e de ressaca pelos supermercados, buscando mais bebida para curar a ressaca. Caminhamos sob a brisa, mais chuva, até a viagem de volta a Pitangui. Desejos noturnos, sensualidade desenfreada, não troco nada pela minha rede, com a brisa que só tem aqui. Muitas muriçocas, que nos sugam o sangue das pés e mãos descobertos. Anais me faz companhia, junto de Artaud e Henry Miller. Manhã passear pela praia, andando entre lagostas, polvos voadores e lulas no ar, piso sobre manjubinhas, falar com pescadores, caminhada pela areia picolé de cajá graviola. Manjando um peixinho cioba com pimenta e milho boliviano, nas dunas da lagoa de pitangui, entre coqueiros e cajueiros, tomando uma pina colada.O abacaxi levanta o seu chapéu e começa uma dança de esquibunda.
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