Saboreie On the boards
Por falar de boas bandas, estava cá eu agorinha escutando uns sons muito massa: primeiro o Euclid, um CD que ganhei de um camarada antigo de Gera, o Marcão, que o deixou lá e o Gera me presenteou. Por surpresa, rola aquele som cantado pelo Steve Winwood (ex-Traffic e Blind Faith com o Baker e o Clapton), "Gimme Some Loving", lá pelos idos de 1960. Tava curtindo também mais dois hardões, o Totty, ótima banda e o Baumstaum, outra banda alemã,todos do cd do mesmo naipe.
Mas o que me agradou nesta tarde mesmo foi escutar o "On the Boards", CD muito bem trampado, o segundo do Taste. O Taste é uma banda irlandesa (outra boa pedida, que tocam gaita de fole até, é o Nazareth), mais precisamente um trio dos inícios dos 1970, integrada pelo Rory Gallagher, excelente quitarrista, que traz as influências em seus discos. O disco abre bem, com a "What´s Going On". Tem momentos como a "Railway and Gun", puro blues da Irlanda. Lá para "Morning Sun" tem um baita solo imenso, que traz também o lado do Jazz, que exploram muito na faixa título.
Falando do Taste, lembrei-me de culinária, da arte culinária e da sétima arte o cinema. Um dos melhores filmes já vistos pela minha pessoa foi o "Cozinheiro, O ladrão, sua esposa e o amante", de 1989, do diretor e também pintor (dai sua obssesão pelas cores), Peter Greenaway. O filme traz claras alusões à filosofia (O banquete de Platão), À Pintura (veja os ambientes do filme e as cores), à Política linha dura da Dama de Ferro na Inglaterra, também à Música (Música de Câmara, canto lírico do anão Pup), entre outras trocentas coisas ,como vida, morte, sexo, violência etc.
A trama toda roda principalmente em torno dos 4 personagens: Albert Spica, o Ladrão, Georgnia, a esposa; Richard, o cozinheiro; e Michael o amante bibliotecário.
Começa com o massacre do linha Dura, o Ladrão, que passa merda na cara de um homem. À alusão à comida começa por ai.
Em síntese, o filme se passa no Restaurante La Hollandaise, em um periodo de uma semana. O Ladrão e sua esposa frequentam o restaurante de Richard, mestre cuca, que acoberta o adultério de Georgina, a esposa do Ladrão Spica, nas dependências do restaurante (banheiro, cozinha, em todo canto - parece até filme de foda mesmo rs).
O Ladrão, insensível, bruto e violento, como Napoleão, Hitler ou Mussolini, agride a tudo e a todos, a mulher com um garfo, o menino anjo barroco Pup, representando o capitalista ou novo rico que posa ter grana, mas não tem cultura nenhuma - o fascista.
Por fim, o Ladrão descobre e inicia a perseguição de Richard e Georgine, que fogem, acobertadas pelo cozinheiro. Mas O ladrão o mata sufocado, fazendo-o engolir os seus instrumentos de trabalho: páginas dos livros da biblioteca, especialmente os que ele mais gostava, sobre a História da Revolução Francesa. Sendo assim, Georgina prepara sua vingança: pede ao cozinheiro Richard que cozinhe seu amante Michael, e o serve em um banquete antropofágico ao proprio ex-marido, o ladrão Albert Spica, com uma arma na sua cabeça. Puro canibalismo, sob a influencia da pintura, uma música frenética, é de tirar o chapéu!
REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário