Eu não curto pessoas sem salvem cima do muro, que dizem viver uma vida "maluca", mas sem sal e nem sabor
Eu nem curto pessoas que pensam estar "acima do bem e do mal"
Eu não quero escrever para um bando de puxa-sacos que vem para me bajular
Pouco me importa se o que eu escrevo vai ou não lhe agradar
Nem quero saber de escrever de alguma forma para parecer ser maluco ou doido varrido
só para querer agradar os frustrados
Não sou escravo da palavra, nem vivo dela, só sopro ela ao vento
mas o que eu falo tem valor como o fio do meu bigode, mihas ações e atitudes
Não escrevo para fazer parte de uma corporação de escritores
que ficam se auto-elogiando e mantendo um público igual a eles mesmos, ou que sonham em um dia ser como eles
O que eu escrevo é para pro duzir o caos, a mudança a desestabilização
Não quero séquitos ou também nem quero saber de bajuladores
que depois enfiam a faca na minha costa pra depois eu ver bosta
puxam o seu tapete, como estes o fazem ou já fizeram
Eu não ligo pra pessoas que vem sua liberdade reduzida
mas, com o pau no cú, continuam a viver
Nem dá para confiar que pessoas que se dizem "malucas" passem pela vida só para querer "sossego"
eu nem curto pessoas que vivem sem ter sangue nos olhos
"sem paixão não se constrói nada de grande no mundo"
O que eu quero é botar pra fuder com essa porra
É viara de ponta cabeça o avesso do avesso
Tem que tocar é um foda-se em tudo
Não dá para passar pela vida sem tocar o puteiro
não é possível ter um sangue frio, cabeça oca e sangue de barata
Gosto de pessoas apegadas, cheias de apegos, de tripas à mostra
coração, rins, bile, fígado, tudo fervendo
Corro com o carro gritando nas ruas, com carro de som berro, para um mundo, que não quer me escutar
Mesmo sabendo que os professores nem quiseram ir à rua
mesmo sabendo que esta parada nem daria certo,
já tinham rifado mesmo os professores, todos estavam derrotados
Grito sozinho, para um povo que não existe ou nem quer me escutar
"A indiferença é o peso morto da história, o chumbo que a paralisa"
não gosto de cuzões, que nem põem na reta nem saem de cima do muro
Passo por cima da supervisora sem pedir licença e ainda acho graça
chuto o pau da barraca, ainda que este caia na minha cabeça
Mas, ao menos, no final, poderei dar risada e dizer: "quem diria?"
nem vou morrer com gastura, câncer, ou qualquer outra coisa, por não ter feito
nem morrer depois pensando no que eu "poderia" ter feito...
REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
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