Estamos quase no final do ano. As reposições estão acabando. Quanto mais trabalhamos, mais ficamos sem dinheiro. Duros, sem grana, fodidos e mal pagos.
Depois que fui dar um rolê no centro, comprar umas mídias de cd e dvd na Santa efigênia, passei pela liberdade, no glicério. Entrei num buteco pra tomar uma cerveja e uma caninha. Lá estão os bucaneiros. Eles julgam saber tudo sobre fórmula 1, sobre futebol e outras coisas. Com certeza é uma arte, eles sabem o que falam. Eu prefiro ficar com meus devaneios. Eles rodopiam, vão longe. Sentado, sorvendo o levedo de cerveja, intercalando com bicadas na cachaça. Procuro esquecer que estou duro, do contrário, acabaria metendo uma bala na cabeça ou tomaria veneno.
Mas seria arregar da briga. SEria como fugir da guerra, e eu não sou nem um pouco cuzão. E eu vejo passar as coxas de moças, tá calor pacas, e a grana da bagana tá acabando, e eu nem consigo mais me divertir.
Eu me arrebento, continuo insistindo, teimoso e marrudo que sou. E eu faço o jogo, pois sou um amarrador, um armador, aquele que negocia. Tenho ficado durango, isso tem me enchido o saco.
REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
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