Encontrei um lugar que vendia quebra-queixo hoje, e pude saborear por mais uma vez na vida aquele doce gostoso de coco com açúcar queimado como numa calda meladinha. Subitamente, veio na memória neste friozinho de julho, um filme dos tempos em que, entre as bicicletas, a bola de capotão chutadas nos portões, as mães da rua e pique-esconde, passava aos gritos um senhor com uma bicicleta com um tabuleiro óóó u quebraqueeeeeeeexo! óóó uu quebraqueeeeeeeeeeeexo! Segundo me contam, até hoje ele ainda anda por lá com seu apito no bairro onde eu morei por quase vinte anos.
Parávamos aquele simpático senhor, que como o seu José, era potiguar, e meu passado se encontraria com meu futuro naquele lugar. O mais sinistro e que era motivo de gargalhadas na molecada era o Moleza. Esse senhor vendia picolés na rua, e passava aos gritos, olha o picolé do moleza. Nos dias em que ele estava manguaçado, passava trançando as pernas e a molecada dizia a beça que os picolés eram feitos com a cachacinha do moleza. E a molecada ria que só vendo, e tirava onda com o Moleza e seus picolés.
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