sábado, 24 de dezembro de 2011

Vida de poeta

artista das palavras

equilibra-se

entre contas vencidas

dívidas na pindura

fica na dureza da

miséria cotidiana de

quem só tem grana

sua poesia não-pão

basta: segura a onda

como Jesus ou Dom Quixote

vida bandida e do gozo

lombra e rebordosa

paraíso dos prazeres carnais

sugam todo seu sangue

poeta não é nada

não tem ninguém

durango pelas sarjetas

chutado, esquecido, roubado

aloprado, esculhachado

vida desalmada

lembram dele

divertem-se com ele

na gaiola

tiram uma onda

com o artista da fome

enjaulado

engarrafado

sem amor

a noite é longa

só tem 65 cents

pra um


de

moça


4 comentários:

Tia da creche disse...

Oi Celso gostei daqui,parabéns...feliz ano novo...

Anônimo disse...

Parabens... muito bom mesmo.... q daora....

“VERBO AD VERBUM” disse...

adoro metalinguagem....
abraços cordiais
Fran

“VERBO AD VERBUM” disse...

Adoro metalinguagem!
Parabéns
Abraços
Fran.

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