artista das palavras
equilibra-se
entre contas vencidas
dívidas na pindura
fica na dureza da
miséria cotidiana de
quem só tem grana
sua poesia não-pão
basta: segura a onda
como Jesus ou Dom Quixote
vida bandida e do gozo
lombra e rebordosa
paraíso dos prazeres carnais
sugam todo seu sangue
poeta não é nada
não tem ninguém
durango pelas sarjetas
chutado, esquecido, roubado
aloprado, esculhachado
vida desalmada
lembram dele
divertem-se com ele
na gaiola
tiram uma onda
com o artista da fome
enjaulado
engarrafado
sem amor
a noite é longa
só tem 65 cents
pra um
pé
de
moça
4 comentários:
Oi Celso gostei daqui,parabéns...feliz ano novo...
Parabens... muito bom mesmo.... q daora....
adoro metalinguagem....
abraços cordiais
Fran
Adoro metalinguagem!
Parabéns
Abraços
Fran.
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