Circulo por todos os bairros da metrópole
Pela noite, escuridão venho do velho Ipiranga
Vila Monumento, passando pelo Cambuci, Aclimação
Descendo pelo velho centro, salto na Sé
no Páteo do Colégio, nas paredes rosadas do Solar da marquesa
Eu sinto vossa presença, como que num olhar onipresente
Sei que você está me acompanhando feito um vulto gigante
Uma fantasmagoria, você é um espectro
no bairro japonês da Liberdade, desço na Praça Carlos Gomes
O caminho é sombrio, eu deparo contigo na Igreja nas almas
Passando pelo viaduto da Condessa Joaquina, as noites são tão ébrias e sombrias
Descendo pela conselheiro Ramalho, da madame satã do Bixiga
Luzes e cores, o fogo queimando, desço na bota pela Rui Barbosa
A noite me chama, a noite vela, ela me quer
Trepar em um viaduto sobre a nove de julho
no glamour da Avanhandava, circular dentre as estátuas
de Luis de Camões com seu grandioso coração
Dante Alighieri e sua amada beatrice me enche de tesão
Eu caminho muito pelas ruas todas as noites solitárias
Esperando por um contato seu, você finge que ignora
Mas sei quais são seus planos, prefiro seguir solitário
REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
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