É sempre a mesma dor na partida
Partido o coração segue sem mais lágrimas
no fundo d´alma para serem choradas
Sempre a mesma decepção e agonia
O mesmo jogo na vida desalmada
Maldição de deuses, fatalismo, destino inexorável
Ela decidiu tudo sozinha, não aceitou o desafio
Cobranças, a pressão e as falhas
Vida demasiadamente humana demasiada
O rio da felicidade secara ou secará?
E todos os sonhos deixados de lado
A vida é não-planejar - só seguir em frente
Mais uma vez as lâminas das palavras
deram um talho no velho miocárdio
do velho comboio de cordas e fibras do coração
O sangue escorrendo das veias da lembrança
As mesmas juras e tantas promessas de sempre não honradas
O mesmo jogo de subordinar o amor ao dinheiro na expectativa
O mesmo jogo de provocações, ciúmes, inveja e paixões doentias
A insegurança atrapalhando o fluir do viver
nunca apostando, nunca pagando para ver
o risco da ponta da faca gelando a emoção
no corte da vida a sangue frio emocionante
sentindo o arrepio nas cosas suando frio em bicas
REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
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