sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Sessão vespertina


Assisti dois filmes muito bons do espanhol Carlos Saura, entre ontem e hoje. O Carlos Saura é daquela geração mais antiga dos cineastas e artistas espanhóis, como Buñuel, Lorca, Dali, mas um pouco posterior, mas marcado como todos pela Guerra Civil Espanhola. No primeiro filme, mamãe faz cem anos, é uma daquelas matriarcas espanholas bem debochadas, uma comédia, uma mãe que tem alguns ataques epiléticos, precisa tomar remédio, com três filhos gananciosos, que querem apenas suas terras e seu casarão, netas ninfomaníacas que atacam o tio, e um nora em quem ela confia para que a salve das garras dos próprios filhos.
O segundo, Elisa Vida mia, é um pouco cansativo, mas se você tiver paciência, aborda a vida do pai de Elisa, Dom Luís, um escritor que vive há tempos solitário no campo. Certa vez, duas de suas filhas vão visitá-lo, uma delas, representada pela Chaplin, fica para pensar um pouco na vida, já que acabara um casamento de sete anos. O velho pai conta a história bem estranha de uma mulher de vestido branco que fora assassinada na estrada, cujo suposto assassino, um homem de chapeú que esconde a face, todo ano volta de bicicleta para limpar a pedra branca e colocar flores. O bom é que o pai é um escritor, e não se acha mais importante por isso do que alguém que varre a rua, e a sua filha lê trechos, até contribui com pensamentos para a obra do pai, tem sonhos com crânios ensanguentados dos carneiros do campo. Um tanto surreal e mórbido.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Sonho maluco

Essa noite eu desmaiei no sono e tive um sonho (seria um pesadelo?) muito louco. Sonhei que eu estava fugido, era um perseguido político, o motivo eu não sei bem qual, mas haviam vários homens da lei atrá da minha pessoa.
Eu lembro que eu estava na casa do meu falecido avô no interior paulista, mais precisamente em Casa Branca, e eu tinha de ficar escondido, saia só pelos matos, escondendo-me atrás das moitas, dando tiros (que na verdade, pareciam aqueles elásticos que serviam como projéteis, com os quais atirávamos papéis na escola, só que com zarabatanas ou algo parecido).
Em certo momento, eles quase me pegavam, eu sai na carreira, e entrei na igreja matriz, escondendo-me atrás de uma janela. Eu sei que eles entraram me perseguindo, abrindo a janela na qual eu estava atrás, e foram perguntando na missa, pois a igreja estava cheia. Eu consegui sair de mansinho, de fininha, com minha mochila nas costas, rumo ao desterro.
Acordei hoje cedo bem aliviado, em saber que tudo era um sonho ou pesadelo, mas resolvi escrever e desenvolver um pouco esta história.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

São Paulo alagada

Foi só falar de problemas com a repressão que começou a aparecer outros podres mais sérios. Tô falando das chuvas e enchentes em São Paulo. Está uma tragédia a situação, buracos no chão, enxurradas, matando o povo nessa cidade, enquanto este bundão do patolino fica por cima da carne seca. Cada povo tem o governo que merece, mas a maioria não está merecendo pagar pelas escolhas erradas ou omissões dos outros.E nós temos uma classe mérdia de merda, herdeira  e órfão do adhemarismo, (morto, mas  vivo ) malufista (vivo ainda), quercista (vivo ainda), que agora deposita suas esperanças no  que mostra muito bem a que veio com seu preconceito generalizado contra nordestino, travecos, lésbicas e por aí vai. Eita povinho provinciano que se diz a vanguarda. Só se for a vanguarda do atraso.
Ontem sai de casa muito cedo, fazer uns exames do outro lado da cidade, no Parque São Lucas, depois da Vila Prudente, na Zona Leste quase perto de São Caetano, Santo André. Madruguei mesmo, peguei o metrô, descobri que ele só vai até o Sacomã, nas duas outras estações, só depois da oitoemeia. Sendo Assim, peguei o furafila chamado agora expresso tiradentes, desci no ponto do Clube Atlético Ypiranga, peguei outro buso voltando pra Vila Prudente, desci perto duma pracinha bem provinciana, umas casas antigas, e peguei ainda outro buso pra descer na Avenida Oratório, passando antes pela Zelina. Na policlinica Dom Bosco, cheguei caminhando pela Rua Francisco Bicalho, um passarinho carimbou minha mão peguei papel e limpei. Fizeram tudo legal, estou com audição legal, cordas vocais, laringe tudo em cima. Pra voltar, dei sorte de pegar no mesmo bilhete único o busão pra vergueiro, uma volta e tanto.
E hoje ainda tive de ir cedinho até o Borba Gato na Santo Amaro, o coração tá firmeza, também. Tudo exames com convenios do hospital do servidor público estadual. Eu dei uma sorte danada, pois também consegui ir e voltar numa passagem só, descer no Largo da Batata, já que tava com medo por conta da demora não conseguir e ter de enrolar o cobrador. Eu vi todo o resultado e algumas marcas da chuva na rua, o lixo na rua, em alguns pontos do caminho.

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