REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Mais histórias de Tom Sawyer e Ruck Finn
Mais histórias de Tom Sawyer e Ruck Finn
Estava lembrando de mais histórias de porradas. E porradas, lembro de várias vezes de um moleque, o argentino, Carlitos, que morava na sua rua, nos tempos de moleque. O pai de Carlitos tinha um bom negócio, ele tinha uma grana, mas era um tanto bruto em compensação. A única coisa que valia a pena na casa do Carlitos era sua irmã gostosa, a Mariana. Era uma morena da pele cor de jambo, cabelos pretos, uma boca pequena, delíciosa. Foi sua namoradinha, deu vários beijos, amassos, mas nada mais além, pois tinham dez a doze anos. Coisa de moleque mesmo.
Naquela ocasião, faziam umas festinhas. Em uma em que foi, na Avenida, na casa do Marcos, tava toda uma galerinha, tinha música, iluminação. Pois o folgado do Carlitos começou a encher o saco. Para tirar um barato, disse que tava de fralda. O moleque veio tirar um barato. Quando de repente, o sangue subiu nos seus olhos, falou: “ei, cê ta pensando o que, fedelho?” De um lance, deu uma porrada, de esquerda, outra com a direita. Ele esboçou um soco, mas que não senti, tamanha a fúria e raiva ue sentia. Tarde demais, Ele caiu no chão, chorando. A festa acabou mais cedo para o pirralho.
Toda a galerinha, que gritava porrada, agora o erguia nos braços o André, o Marcos etc. Comemorando o fato de ter mandado embora o pentelho, o irmão da gostosa que todos cobiçavam. Foi daí até que penso que ela começou a prestar mais atenção em sua pessoa.
tai o moleque, na época com dez anos: já degustava a fruta numa festinha
Às vezes, íamos à boçoroca, eram boas, outras ruins. As legais é que voltávamos parecendo homens-lama, homens caranguejos, que saiam do barro, endurecidos.
Não curtia especificamente as guerras, principalmente quando estava na parte da água, em que era vidraça fácil dos camaradas mais acima, nos morros, que tacavam barro sem dó.
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