Meu poema é doce
como as balas do menino
que as vende no farol
Tem o gosto do Goiás
da poetisa Cora Coralina
e que eu já sabia
antes da velha querer me testar
no bar do Cultural
Meu poema abraça
as namoradas da noite
as meninas que se vendem
por algumas migalhas
Meu poema combate
luta contra as mesquinharias
da pequena política
Meu poema é razão,
é vontade, é desejo
é tesão
Meu poema tem gosto de jabá
Carne de sol com farofa
do gosto do Patativa do Assaré
com coentro e alecrim
aprendi a gostar com a companheira
nega índia Cléia
Meu poema tem cheiro
de mato e terra molhada
De todas as molecagens do interior
que pula no rio e nada.
REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
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