Foto deste Natal, na casa dos meus pais: minhas mãos; meu velho; nando; manoel e cleo; (ao lado que não aparece), meus "sobrinhos", irmãs, mãe, tia e mais um bocado de gente
Posso até parecer o comunista-ateu-durão-comedor de criancinhas
Sou duro com os inimigos na batalha
Mas também sei ser romântico
sei endurecer, pero sin perder la ternura, diria o comandante Che
Sem isto parecer piegas ou ser clichê
Curto muito meu velho careca e minha velhinha
Fizemos um Natal mestiço
Miscigenado, mameluca, negro e branco
Cheio de gente, como deve ser, tudo misturado
E ainda depois os mais animados foram beber
A vida não deve ser de ressentimento
Vida é alegria, não teme felicidade
não ter medo de nada, do novo, da revolução
a classe operária só tem a ganhar o paraiso
No nascimento do Jesus Cristo, o crucificado e Dioniso esquartejado
Fizemos da ceia um banquete dos mendigos
todos tem que ter do bom e do melhor
muita fartura, sem miséria ou sovinimo
na verdade, é o nascimento do novo homem, liberto
revolucionário, que ameaçou os poderosos
Como pregava a Teologia da Libertação na América Latina
execrada pelos papas reacionários Dom Paulo II e Bento XVI
Que unia a fé e política, palavra e ação, praxis
como os padres e poetas fizeram na revolução sandinista
iam aos campos ensinar
a revolução das crianças nicaraguenses
visitada e defendida pelo poeta Ferlinghetti
não o verbo-oco alienante e mistificante
não palavras sem ação, que são só verborragia
mas palavra comprometida com a mudança da vida
como diria Rimbaud, a prova histórica pela ação
Nenhum comentário:
Postar um comentário