Mais um hermano latinoamericano está fora desta copa. Eu vibrei muito com o gol anulado de Paraguai no primeiro tempo, anulado por impedimento. E se o árbitro voltou o pênalti da Espanha porque os jogadores correram antes do jogador chutar, deveria ter voltado também para o Paraguai, pois o replay mostrou claramente os jogadores espanhois correndo antes do pênalti ser batido. Entre outras polêmicas, do cartão para o jogador da Espanha que deveria ser vermelho no lance do pênalti. Taí um time que lutou até o final, não temeu ser tratorado, nem virar pasta, muito menos considerou a promoção da Espanha pela mídia internacional, com um bom goleiro e jogadores como Santa Cruz, que gostam de aventuras. E não foi tão fácil assim para a Espanha, esta teve que suar. O resto já estava no script ditado pela FIFA.
O jogo foi emocionante, torci pra burro para Paraguai, ainda mais quando a moça que trampava no bar lembrou que a modelo paraguaia Larissa Riquelme (essa aí de baixo, ela já desfilou na minha escola preferida do Rio, a beija-flor) posaria nua e faria um strip se o Paraguai ganhasse. Falei: "Taí, mais um motivo pra eu torcer" enquanto tomava minha cachaça com o quinino da água tônica e ouvia um jazz naquele bar da Teodoro no segundo tempo. Bom, olhando a micro e a macrofísica do poder nesta Copa, Alemanha com três, Espanha e Holanda sem nenhum e Uruguai com dois, fico com o Uruguai do Lugano, que já passou pelo tricolor paulista, e também pelo faz-tudo do Fórlan, que, por coincidência, também tem um pai que já jogou pelo Tricolor.
Tudo, menos torcer para a Alemanha, como fizeram os meus ignóbeis vizinhos. No fundo no fundo do inconsciente deles havia uma vontade reprimida de ver o Maradona correr pelado. Perderam a oportunidade. Ao menos, como consolo, pra minha (nossa?) felicidade, a Larissa reconheceu a garra do Paraguai e vai mesmo ficar como veio ao mundo.
Todos querem falar com Eduardo Galeano
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