terça-feira, 15 de setembro de 2009

O fim do papai mamãe na poesia



É o fim das firulas
dos manuais das figuras de linguagens
dos estilos e das punhetas literárias
Entedia-me o papai-mamãe das palavras
Prefiro o foder e o surubar com a língua
Profaná-la, sacaneá-la, arrombá-la, currá-la e esturprá-la
Ao invés de ser um Kant punheteiro escrevendo seus livros
sempre pensando nas mulheres ou nas bocetas em si
mas que nunca penetrara no âmago das xoxotas verdadeiras
Sou muito mais um Withman
cantando o homem moderno próximo dele, With the man
e das pulsões da revolução americana
Ou mesmo um Sade e Restiff na Revolução francesa
Ou o velho russo Maiaca
que nunca aprendera dialética com Hegel
mas no fragor das batalhas
mandando balas no burguês que antes os debandara
Fora uh! ao romantismo e ao mal do século
aos retrôs e reacionários
ao Punheteiro Àlvares de azevedo e todos tuberculosos
que escrevia as histórias dos outros que viviam
as noites na taverna
Prefiro uma noite na taverna a escrever
a escrita nunca dá conta de tudo
nem das músicas bregas de Reginaldo Rossi
de Bartô galeno, dos bolerões de Fagner
e outros que tocam na jukebox
Nada de garotas de Ipanema
de idealizações falsas e coloridas
disse a própria Anïs Nin
Nada de regras como "beleza é fundamental"
Nada de exclusões
pode ser até uma feinha inteligente
peitudinha e bunduda rebolando devagar
fazendo um strip-tease com as palavras

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