REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Um beduíno das Arábias em Sampa
Um beduíno das Arábias perambulando sempre pelo Largo da Batata
com sua barba de bin Laden, sua túnica
passeava por uma dos largos nordestinhos de São Paulo
como o treze e outros mais
Entrava nas casas do norte e pedia um caldo de mocotó
ou fava com jabá, pois era mais parecido com a sua terra árida
a carne de bode lembrava a dos camelos
O beduíno também gostava de andar com seus terroristas
pelas casas de strip e saunas da capital
Sempre andando a pé com sua túnica branca
o seu manto de sheik
O beduíno e seus asseclas usavam óculos escuros
para não dar pala
Abrigavam-se nos hotéis do Centro velho
divertiam-se pra valer pela noite paulistana
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário