REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
domingo, 13 de setembro de 2009
Buchada de bode
Se o que dizem fariseus e sofistas hipócritas
de dizer que tem algo a mais pra escrever esta porra
Só digo que eu não tenho nada disso
nem julgo quem escreve tenha algo em "especial"
Pra mim é como preparar e comer um prato de calabresa acebolada
Ou fazer um peixão assado, ou mesmo uma buchada de bode
o cozinheiro que manja de fazer a parada
sabe mais do que escrever poemas
essa porra acompanha-me desde moleque
do jeito que via a preparação das coisas
a diferenciação das coisas
sacar as coisas na sua nervura, pegar as coisas na veia
até um pouco desligado, mas nunca totalmente
Desprezo até a escrita, é excesso de narcisismo e de preciosismos
muita punheta, pouca ação: prefiro o sexo arrombador e fodedor de bocetas
o meu verso se dá no verbo e na ação
um incendiário jogando seus molotovs na cara da arte e dos artistas dos políticos e da política
que nada fazem para mudar a vida, como Rimbaud
muitas palavras, muito discurso, pouca consequencia
o meu melhor poema é fabricado nas ações
no toque carinhoso na minha nega, na presença em tudo que fazemos
a poesia é mais que as palavras são atitudes&ações&consequencias
na história e na sociedade, a partir de onde estamos
é matéria é ação é paixão é vontade é um misto disso tudo se movendo
do que principalmente as palavras
as palasvras são mero reflexo, um jogo, que não se descolam da vida
as palavras são como que muletas, apenas apoios
essas putas véias que fazemos uso só para uma breve foda
nos bordéis da imaginação
Autêntico lampião, cabra macho desde moleque
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