"Fodam-se todas as poesias que falam das mulheres
puras-perfeitas-idealizadas
Quero a sexualidade multirracial
Quero uma mulher de verdade para meter o pau
Cada mulher tem sua beleza
sua qualidade
e sua sensualidade
Magra ou gorda
Peituda ou despeitada
Bunduda ou mion
Todas querem ser amadas-penetradas"
Dedão Viajando nas curvas
Na arte na poesia e na foda tudo cabe de acordo com este poema do Dedão.
Também penso assim, não procuremos a perfeições, não busquemos a idealização da beleza, a coisa em si ou a idéia do Belo na arte ou em mulheres. Isso é metafísica barata e decadente. Cada mulher é uma mulher, cada poema é uma poema. Não precisa morrer de bulimia como as modelos para se ser mulher ou ter tuberculose para ser um poeta ou um escritor romantico.
Apenas expressam a sua incompletude, a sua finitude e as limitações do seu ser. Sou avesso a perfeições, nem ligo se o que escrevo é bom ou ruim, estou pocuo me fodendo. Só quem é um punheteiro ou esquizofrênico pra ficar se preocupando com a foda mais que perfeita ou com o poema que nunca terminará de ser escrito. O poema em si não existe. Não existem formas sem conteúdo, não existe essência sem existência, muito menos aquilo que se chama de nuance sem carne.
Também quanto as mulheres, não to nem um pouco preocupada com as formas, se é de um violão, meio cheinha, desprezo os padrões impostos e a ditadura das modelos de passarela. Fodam-se todos, pode colocar botox, pode colocar silicone, mas nunca busque uma "forma perfeita" ou "idealizada", pois isso é paranóia pura, ou você controla ou é controlado por uma padrão exterior.
Eu quero uma mulher para foder mesmo, só quero foder com a puta chamada palavra, não estou nem ai com os maníacos que ficam procurando pela perfeição, eu só quero uma diversão casual. Sexo casual com as palavras, nada mais.
Já sou muito bem casado com a vida e com a Cléia pra procurar outro compromisso. Eu só quero tirar uma lasca, tirar um sarro com as palavrinhas, só de vez em quando, please, baby.
REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário