REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
A revista do Geraldão e outras da época
Tô fazendo uma força pra lembrar o nomes, mas eu só lembro de uns dois moleques punheteiros que conheci há muito tempo, molecão mesmo. Os dois mais falavam do que faziam: um era o ferrugem e o outro um galego. Ambos eram mais novos que eu.
Eles viviam falando em comer uma mina morena, gata, mais velha, mas que no final só nos fazia nos acabarmos na punheta. Ainda bem que eu era mais modesto, ficava na minha. Era sempre assim: o cão que mais ladrava era o que menos mordia. Eu sempre acabava me virando: não precisava falar, comia quieto.
Era dessa época que eu curtia as primeiras revistas do Geraldão, as do Angeli, as do Laerte, muito boas, com todos os seus personagens: o Bob cuspe, a Rê Bordosa, Deus, os Gatos, Os skrotinhos, Wood Stock, Piratas do Tietê, Os gatos, Fagundes, entre outros personagens (O capitão) etc. Não era o maior fanático de comprar todos os números, mas certamente alguns exemplares que cairam na minha mão, ah se cairam, eu devorei até ao ponto de decorar umas passagens. Como a do Mister G que chega na gata preta do gato branco, brocha e vira tamborim no final das contas.
Era tudo tudo tão inocente naqueles anos 1980, e começava a pintar alguma sacanagem pra completar a minha benção.
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