terça-feira, 29 de junho de 2010

18:54

Depois da costumeira cochilada da tarde, acordo e o jogo de Portugal e Espanha, o clássico da Península Ibérica, os nossos colonizadores de língua latina, estava quase no fim. Assisto os últimos lances, estou curtindo esta copa, principalmente porque ela ocorre na África do Sul, apesar da pobreza e do elefante branco, custos que terão para os miseráveis afreicanos, e também já me acostumei com as vuvuzelas. Aliás, até consigo escutá-las e vê-las com certa simpatia, aquele som constante, psicodélico, uma característica própria daquele povo.
Eu vi na TV da escola a vitória paraguaia nos pênaltis. Estou gostando de ver e saber que França, Itália e os Yanquees foram despachados mais cedo para casa, e ainda mais por Gana! (pro consumo, turismo, isso foi ruim). Estou curtindo o fato dos sul-americanos chegarem onde estão chegando, veja só, o Paraguai, aquela nação que ousou ser independente e foi massacrada pelos "hermanos" vizinhos e por um certo Caxias, à mando do Império britânico passarem para as quartas, onde nunca estiveram! Quem já foi até a fronteira em Foz e conhece  o drama sabe do que estou falando, eu já trouxe tênis, vodka e tudo mais do paragua. E ainda tem o Uruguai, a Argentina, junto com o Brasil! E Gaaaaaaaaanaaaaaaa! A laranja mecânica e os chucrutis também estão  nas quartas é claro.

Cheguei em casa, liguei o PC, botei pra tocar um disco da Aretha, depois outro da Sarah Vaughan ,o Desire do Dylan ,  Lizard do King Crimson e tou mandando uma dose de Domecq que compramos pra espantar o frio. E estou lendo um bocado escrevendo, já um pouco mais cicatrizado das marcas da luta, apenas unas lampejos e miríades de lembranças da guerra vêm À tona, mas tá tudo limpo e certo. Devagarinho devagarinho, já estou quase fechando as cadernetas com o sangue de mil estudantes e mais ainda o  meu que me descabelo e sinto-me como num zoológico atras das grades indo de trenzão da CPTM para minha jaula atrás das grades no zoológico que se tornou a escola. No segundo semestre tem mais, vou estudar um bocado, farei o curso preparatório, ganhando uma grana a mais e quem sabe eu não preste um vestibular de outra coisa, quem sabe jornalismo, editoração, algo ligado às comunicações? darei uma volta e depois talvez volto.

P.S.: O me amigo e camarada Marx da Cozinha do Rock começou uma série em homenagem aos 65 anos do Raul Seixas. Pediu que eu escrevesse uma resenha, o álbum escolhido foi o Novo Aeon, e assim segue o link do seu blogui:






Também posto um release em homenagem ao editor Massao Ono, que ocorrerá amanhã no CCSP e mais uma besteira que mandaram por e-mail (rs):




Nota para divulgação
Samurai das Sombras da Literatura Brasileira
ganha homenagem no CCSP
Evento no Centro Cultural São Paulo (CCSP) homenageia Massao Ohno, editor responsável
por revelar uma geração inteira da poesia nacional.
O Centro Cultural São Paulo celebra “Um tributo a Massao Ohno” na próxima quarta-feira, 30/6, às 20 horas na Sala Adoniran Barbosa. Um dos mais importantes editores independentes do país, Massao Ohno, recém falecido, dedicou meio século a criar livros que primaram pela inovação gráfica e pela descoberta de novos talentos literários. O CCSP fica na Rua Vergueiro, 1000, próximo à estação de metrô.
O evento é um sarau-homenagem com leituras de poemas, exibição de trechos de um documentário que está sendo produzido sobre o editor, números musicais e falas que narram sua importância e trajetória. Os poetas Antonio Fernando de Franceschi, Claudio Willer, Leila Echaime, Eunice Arruda, Celso de Alencar, Carlos Felipe Moisés, Álvaro Alves de Faria, Eunice Arruda, Renata Pallottini, Eduardo Alves da Costa, Miguel de Almeida, os editores Jiro Takahashi e Toninho Mendes, a cineasta Paola Prestes, o butoh Toshi Tanaka, os músicos Tito Martino e Cacau Brasil, são algumas das personalidades que se reúnem para celebrar seu legado.
Sobre Massao Ohno
Massao Ohno (1936-2010) foi o principal editor de gigantes da poesia brasileira, como Hilda Hilst e Roberto Piva. Lançou uma geração inteira de poetas com a Coleção Novíssimos no início da década de 60, incluindo Claudio Willer, Álvaro Alves de Faria, Carlos Felipe Moisés, Eduardo Alves da Costa e Eunice Arruda.
Ohno atuou quase sempre como uma pequena editora independente, muito mais como um artista do livro do que como empresário. Foi considerado por especialistas, como o bibliófilo José Mindlin, como um dos principais artistas gráficos do livro no Brasil, tendo inovado em formatos, uso de papéis e cortes especiais, em trabalho meticuloso e artesanal. Ajudou a formar também vários editores, hoje profissionais de destaque no mercado.
Começou a Editora Massao Ohno em meados da década de 50, dando forma inicialmente a apostilas e títulos didáticos destinados a estudantes de cursinhos pré-vestibulares, especialmente o Anglo. Trabalhava para quem podia pagar e financiava os jovens talentos do próprio bolso a fundo perdido. Lançou em 1961 a “Antologia dos Novíssimos”, uma das mais importantes coletâneas de novos poetas da História da Literatura Brasileira.
Foi o primeiro a publicar Renata Pallottini, Carlos Vogt, Jorge da Cunha Lima, Celso Luís Paulini, Paulo Del Greco, dentre muitos outros. Quando todos os grandes editores se recusaram a lançar Hilda Hilst em sua dita “fase erótica” – ou “pornográfica”, para alguns – temerosos da polêmica, novamente foi Massao quem mandou imprimir sob seu selo “O Caderno Rosa de Lory Lambi”, que deu novo fôlego à trajetória da autora. Calcula-se que tenha editado cerca de mil livros ao todo, na maioria esgotados e hoje itens de colecionador.
Incorporou trabalhos de Manabu Mabe, Ciro Del Nero, Tide Hellmeister, Arcângelo Ianelli, Aldemir Martins, João Suzuki, Jaguar e Millôr, dentre outros artistas, a seus livros, em capas ou ilustrações, promovendo intenso diálogo entre a literatura e as artes visuais.
Filho de japoneses, formado em odontologia, dedicou toda sua carreira às letras, mas militou também no cinema, tendo co-produzido filmes como “Viagem ao fim do mundo” (1967), de Fernando Coni Campos, e “O bandido da luz vermelha” (1968), de Rogério Sganzerla.

Nenhum comentário:

Seguidores

Pilotando a banheira do Manoel nas dunas

Pilotando a banheira do Manoel nas dunas
seguindo após Pitangui até Muriú-RN

Tatoo you

Tatoo you
Woman of night; Strange kind of woman; Lady in black; Lady evil; Princess of the night; Black country woman; Gipsy; Country Girl

Caricatus in 3X4

Caricatus in 3X4

Outra caricatus

Outra caricatus
Desenhista do bar e restaurante Salada Record

Mix, podi mandá "uma" aí?