Devemos encarar a derrota com naturalidade. Afinal, aprendemos a perder desde moleques. Há um não sei o que de catártico, de uma comoção e uma purgação dos sentimentos com a derrota, uma espécie de cristianismo em nossa comoção que torna tudo triste. Deveríamos encarar tudo como uma passagem, uma experiência que enriquece mais. Deveríamos festejar como fazem os mexicanos no dia de finados, que bebem e dançam a morte. Mas somos cristãos demais, a tristeza e a choradeira foram parte de nossa formação de Brasil, de povo.
E também atribuem a "culpa" ao técnico Dunga, ao expulso Felipe Maia e ao caralhoacuatro. Oras, encaremos os fatos, a verdade é revolucionária: perdemos porque a Holanda soube aproveitar e jogou melhor no segundo tempo que era o que interessava. Foi a segunda colonização, o dia em que pela segunda vez Mauricio de Nassau e Rene Descartes tentaram dominar o Brasil. No futebol, desta vez, conseguiram. Mata-mata com salto alto dá nisso. Nada de culpa, apenas falhas e erros que são humanos. A responsabilidade foi deles, e talvez das bolsas de grana que correm solto pra forjar os resultados da Copa, uma vez que, a próxima sendo no Brasil, já tinha certeza que não viria nesta. Faltou a ginga, renderam-se ao modelo europeu de futebol e à FIFA. E o povo ainda tem a mania de se divertir e jogar em bolões. Vida de gado, povo marcado, povo feliz.
Bom, nesse quadro, pra reparar na nossa história, com o enxame de abelhas africanas vuvuzélicas zoando no meu zouvido, não resta mais nada torcer pra que dê o Paraguai. Argentina e Uruguai já meteram a mão duas vezes, e juntamente conosco, foram serviçais do império britânico contra esta pequena nação que ousou se levantar e ser independente, não aceitando ser Caxias do monopólio comercial quando a Grã-Bretanha sofria o bloqueio econômico continental napoleônico. Sendo assim, vou fazer uma capirinha com aquela vodka paraguaia que buscamos in lócus que está na geladeira e torcer para estes hermanos. Ou pode ser uma zebra africana de Gana também, que tudo fica melhor resolvido.
MALEDITA VUVUZELA
ANO INTEIRO OUVINDO INTERVALO BEBEU SÓ UM GOLEIRO NA ÁREA CONFUNDIU JABULANI COM A CABEÇA DO ZAGUEIRO CABECEOU CONTRA PRO FUNDO DA REDE
O FELIPE MELO BEBEU DEMAIS PERDEU O JUIZO,PISOU NO PÉ O JUIZ SAQUÊ PRA ELE CARTÃO VERMELHO
O DUNGA AFOGOU O GANSO NO MAR TIROU ATAQUE TROUCOU FABIANO CONFUNDIU NEIMAR,COM NILMAR RONALDINHO GAUCHO MOTOBOY
Tião Nicomedes- DESBAFOS -02/06/2010
P.S.: segue abaixo alguns poeminhas recém-escritos, bem como uma dica pra quem pretende viajar (fique de olho, a tucanada-gralha e os urubús aumentaram ainda mais os pedágios neste estado que ainda é o ninho há quase trinta anos):
Repasso o poema do Tião, liderança da pop (em situação ) de rua de SP...uma bela sacada!
abs
JK
BRASILEIRO É BRAHMEIRO
BRAHMEIRO É GUERREIRO
BRAHMEIRO,GERREIRO,BRASILEIRO
JULIO CEZAR GOLINHO
O JUAM VOLTOU DO VESTIARIO
ESQUECEU SEGUNDO TEMPO
O CAMPO MUDOU DE LADO
PRA ESQUECER ROBERTO CARLOS
MANDOU AVISAR , QUE VAI ROLAR A FESTA
ACABOU A CERVEJA,ACABOU VUVUZELA,ACABOU A COPA
E SÓ FICOU O BAGAÇO DA LARANJA
P.S.: segue abaixo alguns poeminhas recém-escritos, bem como uma dica pra quem pretende viajar (fique de olho, a tucanada-gralha e os urubús aumentaram ainda mais os pedágios neste estado que ainda é o ninho há quase trinta anos):
Jantar psicodélico
A carne de charque mugiu no prato
Eram os muares gemendo manhosos
Um porco gemia quando eu comia
seu presunto de pé junto
A ovelha balia
Quando seu pernil eu comia
A salsicha viena relinchava
quando o cavalo degustava
cacarejando coxas de frango,
de pato e de ganso
Ainda se ouvia um berro
quando comia um vitelo de bezerro
Degustava tudo num beijo,
mandei ver até um carangueijo
Ostra, marisco, lula, polvo e sururu
Do alto ela berrava: "não pode!"
enquanto eu manjava uma buchada de bode
Celso Torrano
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