sexta-feira, 2 de julho de 2010

Soy Paraguay desde chiquito!

Devemos encarar a derrota com naturalidade. Afinal, aprendemos a perder desde moleques. Há um não sei o que de catártico, de uma comoção e uma purgação dos sentimentos com a derrota, uma espécie de cristianismo em nossa comoção que torna tudo triste. Deveríamos encarar tudo como uma passagem, uma experiência que enriquece mais. Deveríamos festejar como fazem os mexicanos no dia de finados, que bebem e dançam a morte. Mas somos cristãos demais, a tristeza e a choradeira foram parte de nossa formação de Brasil, de povo.
E também atribuem a "culpa" ao técnico Dunga, ao expulso Felipe Maia e ao caralhoacuatro. Oras, encaremos os fatos, a verdade é revolucionária: perdemos porque a Holanda soube aproveitar e jogou melhor no segundo tempo que era o que interessava. Foi a segunda colonização, o dia em que pela segunda vez Mauricio de Nassau e Rene Descartes tentaram dominar o Brasil. No futebol, desta vez, conseguiram. Mata-mata com salto alto dá nisso. Nada de culpa, apenas falhas e erros que são humanos. A responsabilidade foi deles, e talvez das bolsas  de grana que correm solto pra forjar os resultados da Copa, uma vez que, a próxima sendo no Brasil, já tinha certeza que não viria nesta. Faltou a ginga, renderam-se ao modelo europeu de futebol e à FIFA. E o povo ainda tem a mania de se divertir e jogar em bolões. Vida de gado, povo marcado, povo feliz.
Bom, nesse quadro, pra reparar na nossa história, com o enxame de abelhas africanas vuvuzélicas zoando no meu zouvido, não resta mais nada torcer pra que dê o Paraguai. Argentina e Uruguai já meteram a mão duas vezes, e juntamente conosco, foram serviçais do império britânico contra esta pequena nação que ousou se levantar e ser independente, não aceitando ser Caxias do monopólio comercial quando a Grã-Bretanha sofria o bloqueio econômico continental napoleônico. Sendo assim, vou fazer uma capirinha com aquela vodka paraguaia que buscamos in lócus que está na geladeira e torcer para estes hermanos. Ou pode ser uma zebra africana de Gana também, que tudo fica melhor resolvido.

Repasso o  poema do Tião, liderança da pop (em situação ) de rua de SP...uma bela sacada!
abs
JK 

                          
                           
  MALEDITA VUVUZELA

                             ANO INTEIRO OUVINDO
                             BRASILEIRO É BRAHMEIRO
                             BRAHMEIRO É GUERREIRO
                             BRAHMEIRO,GERREIRO,BRASILEIRO
                               
                               INTERVALO BEBEU SÓ UM GOLEIRO                                            
                              JULIO CEZAR  GOLINHO                 
                              NA ÁREA CONFUNDIU  JABULANI
                              COM A CABEÇA DO ZAGUEIRO
                             
                             O JUAM VOLTOU DO VESTIARIO 
                             ESQUECEU SEGUNDO TEMPO
                             O CAMPO MUDOU DE LADO
                             CABECEOU CONTRA PRO FUNDO DA REDE
        

                              O FELIPE MELO BEBEU DEMAIS
                              PERDEU O JUIZO,PISOU NO PÉ
                              O JUIZ SAQUÊ PRA ELE
                              CARTÃO VERMELHO

                              O DUNGA AFOGOU O GANSO NO MAR
                              PRA ESQUECER ROBERTO CARLOS                         
                              TIROU ATAQUE TROUCOU  FABIANO
                              CONFUNDIU NEIMAR,COM NILMAR   
                              
                             RONALDINHO   GAUCHO MOTOBOY
                             MANDOU AVISAR , QUE VAI ROLAR A FESTA
                             ACABOU A CERVEJA,ACABOU VUVUZELA,ACABOU A COPA
                             E SÓ FICOU O BAGAÇO DA LARANJA

                                  Tião Nicomedes- DESBAFOS -02/06/2010                         

P.S.: segue abaixo alguns poeminhas recém-escritos, bem como uma dica pra quem pretende viajar (fique de olho, a tucanada-gralha e os urubús aumentaram ainda mais os pedágios neste estado que ainda é o ninho há quase trinta anos): 


Jantar psicodélico

A carne de charque mugiu no prato
Eram os muares gemendo manhosos
Um porco gemia quando eu comia
seu presunto de pé junto
A ovelha balia
Quando seu pernil eu comia
A salsicha viena relinchava
quando o cavalo degustava
cacarejando coxas de frango,
de pato e de ganso
Ainda se ouvia um berro
quando comia um vitelo de bezerro
Degustava tudo num beijo,
mandei ver até um carangueijo
Ostra, marisco, lula, polvo e sururu
Do alto ela berrava: "não pode!"
enquanto eu manjava uma buchada de bode

Celso Torrano

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