Escute Monster
Lembro do discão do Steppenwolf que adquiri por volta de uns catorze anos atrás, o Monster. E do próprio livro que li na época, o Lobo da Estepe. Aquela experência foi única, muito marcanteidentifiquei-me demais com aquele personagem, Harry Haller, e todos os demais que viria a ler ou já tinha lido, como o Sidarta, ou o Demian, o Pintor John Veraguth em Rosshalde ou qualquer um destes personagens nietzscheanos que ele criou (assim como a escola alemã, Thomas Mann e outros). Principalmente no final, no jogo em que ele entra, umas portas que ele tem de escolher: a luta entre o homem e a máquina, pedestres atropelados por carros. Aquilo deixou marcas demais.
Para minha pessoa, foi uma boa mensagem, um chamado ao inconformismo e uma porrada. O próprio disco cutucava, provocava, suas letras contra o conformismo, a indiferença de um tipo de direita enrustida chovinista (ou mesmo a direita escancarada), daqueles que veem o circo pegar fogo, mas ficam em cima do muro na hora agá, arregam, pois são cuzões. Só me lembro também do Sttepenwolf rolando em Sem destino, outro dos filmões que já vi, típico "On the Road" sobre motos mostrando a verdadeira face conservadora do coração da terra da liberdade e prosperidade do sonho americano, que já até exibimos e discutimos em uma sessão de cineclube no Grande Otelo, em Osasco, na vigência deste, em 2005 a 2007.
O Sttepenwolf metia o pau nos yankees burgueses de merda, no moralismo conservador e na democracia representativa burguesa, que só sabiam mandar seus filhos (principalmente a moçada mais proleta que é enviada, como vimos a história se repetir em Bush). O que vemos é isto, nas guerras do Iraque e do Afeganistão.
O Sttepenwolf propõe que sejamos aves de rapina, que desgarremos mais as ovelhas do rebanho, da merda do cretinismo parlamentar e do conformismo para a luta direta da classe trabalhadora. Nada de situações ou escapismos individuais. Nada e ser gado que apenas vota e depois fica reclamando, não se organiza para desorganizar ou para criar o caos.
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