REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Bowie, Pop e Reed: avôs dos Góticos darks e Punks
Lembro até hoje de amigos de escola que eu tinha, o Marcelo Capeta, depois veio o Sílvio e outros mais. Isto lá por volta de 1994, na EESG Nasser Marão, escola em que fizemos grandes amigos. Até festa junina na rua nós chegamos a fazer uma juntos, e tocou Ramones e outras coisas para variar, naquele ano. Até já narrei aqui uma história que fomos para Caraguatatuba em uma destas vezes, numa viagem de camaradas.
Eles me apresentaram um som que era bom demais, talvez na época eu não tivesse compreendido ou curtido tanto, apenas conhecia bem o Sisters of Mercy, o Christian Death (devido seu ateísmo), assim como algumas outras coisas mais palpáveis, como The Cure, The Smiths, que já eram mais familiares.
Eles eram uma galera do centro, alguns do Rio Pequeno mesmo, mas o Capeta veio do Centro, já tinha trampado no antigo Morcegóvia na época, que já havia sido o Madame e voltaria a ser. Várias vezes fomos até lá, haviam algumas "mortiças" bonitas pacas na época. Era um lugar todo esfumaçado, um fundo de porão, na verdade tinha um térreo e um subsolo. Voltei lá sozinho e com camaradas uma década depois, mas tinha se elitizado, nem tinha os morcegos negros e punks rasgados mais, com carecas querendo bater na porta. Virou uma botique de desfile. Eles eram uma galera que morou no centro de são Paulo, na Vila Buarque, tinha outra dinâmica, era um pessoal muito bom.
Mas o bom mesmo que eles apresentaram foi o Alex Sex Fiend, uma cara que tomava banhos de ácido lisérgico. É um som gutural, bem primitivo, uma batida repetitiva: "I walk the line between good and evil". Como prefiro o que é simples, curti logo de cara. Logos depois vieram mais coisas como Bauhaus, tinha muita coisa boa mesmo que eles passavam, como Siouxie and the Banshees, até hoje rolo um bolachão que tenho em casa dos seus covers de Iggy Pop, The Doors, entre outras coisas que ela gravou.
Algo mais sofisticado é o Cocteau Twins, mas muito bonito aquele vocal feminino. Cheia de letras indecifráveis (parece um novo idiom, não é inglês), como no disco belíssimo "Treasure"; Naquela época, eles até vieram na época no Brasil, e estes amigos foram vê-los, eu me lembro de que eles comentaram comigo. O Kraftwerk e o Sigue Sigue Sputnik também, foram apresentados por estes camaradas.
Coisas boas, Echo, Joy Division, que levaram-me às raízes anteriores, do Iguana Pop, "No fun, my babe, no fun", do Ziggy Stardust David Bowie e suas aranhas de Marte, assim como das Letras da barra pesada do Lou Reed, "hey Baby, take a walk on the wild side" ou mesmo as Bonecas de nova iorque. E nunca mais eu deixei de ouvi-los até hoje e curtir pacas. Kick out the jams, motherfucker!
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