Estava sozinho na única mesa do bar do Gera. Isso faz alguns anos, devia ser uma sexta-feira. O Gera até mostrou um cartaz de uma peça de Teatro colada em baixo de seu balcão (o seu espaço de publicidade), da Serpente do Nelsão Rodrigues, mas nem deu bola na hora. Ficou tomando sua cerva e uma pinga de Guaxupé, como de costume, ouvindo alguma fita das centenas que o Gera tinha lá.
Mais tarde chegaram duas moças, uma um pouco loira, cabelo castanho, e a outra morena, cabelo preto comprido. Elas até começaram a conversar, com o Gera. Este comentou que eram elas que estavam fazendo a peça. Perguntaram bastante coisa, até descobrir que a loira-castanha era filha de um ex-professor, o Victor Knoll. Depois descobriu que a outra era filha do Wisnick, e era bem parecida mesmo. Falou para ela sobre um seminário que fez, sobre tragédia grega, foi difícil pacas ficou todo vermelho e engasgado na época, mas conseguiu dar conta do recado. Só lembra de um cara enchendo nosso saco, que chegou a discutir com o mala. Ela nos chamou para ver a peça por aqueles dias, era ali pela Vila Buarque, em um dos Teatros o X se não me engano.
REBENTOS DO CELSO: Poemas, causos, memórias, resenhas e crônicas do Celso, poeteiro não-punheteiro, aquariano-canceriano. O Celso é professor de Filosofia numa Escola e na Alcova. Não é profissional da literatura, não se casou com ela: é seu amante fogoso e casual. Quando têm vontade, dão uma bimbadinha sem compromisso. Ela prefere assim, ele também: já basta ser casado com a profissão de professar, dá muito trabalho. Escreve para gerar o kaos, discordia-ou-concórdia, nunca indiferença.
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